sábado, 5 de março de 2011

Á Baia Pede Socorro



Ambientalistas se mobilizam para denunciar no Brasil e no exterior poluição da CSA



 

Grupo de ambientalistas está se mobilizando para denunciar para autoridades no Brasil e no exterior irregularidades ambientais cometidas pela Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), localizada em Santa Cruz, investimento do grupo alemão ThyssenKrupp e da Vale do Rio Doce. Neste fim de semana, pela segunda vez no ano, a empresa foi multada pela Secretaria do Ambiente por ter lançado poluição sobre a população de comunidades próximas, em Santa Cruz.
"Estamos preparando laudos e muita documentação que ajudem a comprovar os danos à saude dos moradores e ao meio ambiente", informou a bióloga Mônica Lima, integrante do Comitê Bacia de Sepetiba e Praia do Socorro. Ela integra grupo multidisciplinar de especialistas que está acompanhando de perto o impacto da siderúrgica na Zona Oeste, desde o início de sua implantação.
A meta é entregar o dossiê não só para autoridades brasieiras, mas também para representantes da Alemanha, onde fica a sede da Thyssen Krupp e para sócios e acionistas da Vale em vários países. "A notícia sobre a poluição já chegou lá fora, mas queremos mostrar exatamente como está sendo feito este investimento", disse a bióloga Mônica Lima.
Segundo ela, documentos para órgãos ambientais e acionistas alemães não mostravam como a fábrica está próxima de comunidades que já estão ali há anos. "Eles indicavam que não havia moradores próximos", afirma Mônica.
Os laudos médicos do impacto da poluição na saúde dos moradores estão sendo feitos por especialistas da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz e do Hospital Pedro Ernesto, da UERJ.
Mônica Lima não mora na Zona Oeste, mas frequenta muito a região por causa da militância ambiental. Foi uma das atingidas pela poluição, em agosto. "Senti os olhos arderem e precisei ser atendida com falta de ar e alergia", conta.
Com a população próxima também sofrendo os efeitos da fuligem acinzentada que foi expelida em pleno Natal das chaminés da CSA, ela teme que o hospital estadual mais próximo, o já sobrecarregado Pedro II, não tenha condições de atender tantos casos de atingidos. "Será preciso reforçar e aparelhar melhor o Hospital para poder dar tratamento digno para estas pessoas", recomenda a bióloga
Fonte: Plurale em site





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