RJTV
entrevistou o Pezão. Ele ficou uns dezoito minutos falando, falando,
falando...Foi quase um pronunciamento, explicando porque é tão importante,
porque é tão bom para o Rio de Janeiro, o maravilhoso acordo firmado com o
governo federal.
Uma
conquista dele esse congelamento do pagamento de dívidas com o Planalto – do
também peemedebista Michel Temer. E que se dane que a dívida fica para daqui a
três anos, ou seja, para o próximo governador resolver.
Com um
sorrisinho de canto de boca, como sempre, Pezão disse que a culpa de o Estado
do Rio de Janeiro ter chegado a esse ponto é de todo mundo. Menos deles. E
deixou claro que vai aprovar o pacote de maldades na Alerj, custe o que custar.
Senão, os servidores terão apenas uns sete ou oito salários em 2017. Foi uma
chantagem ameaçadora que serviu de alerta.
O governador
do Rio, que desde janeiro de 2007 está na cúpula do Palácio Guanabara – até
2014 foi o vice e braço-direito do hoje presidiário Sergio Cabral – disse que
pretende também ir ao STF para pedir um parecer favorável às medidas, mesmo
antes da votação na Assembleia Legislativa.
Sobre o
governador Sergio Cabral, que está preso, e do qual foi vice e a quem visitou
semana passada, não foi perguntado.
Sobre o
secretário de governo Wilson Carlos, que também está preso, e com quem
trabalhava lado a lado, não foi perguntado.
Sobre seu
braço-direito e subsecretário de obras (pasta que comandava), Hudson Braga, que
também está preso, não foi perguntado.
Depois de
duas fases da operação Lava Jato no Rio (Calicute e Eficiência), sabe-se que
quem comandava o governo foi responsável pelo desvio de centenas de milhões
para contas particulares em pelo menos sete países. Mas na entrevista ninguém
perguntou sobre o efeito nocivo dessa corrupção na falência do Estado.
É uma
vergonha que a imprensa que ajudou a afundar o Rio ao blindar, de todas as
maneiras, o governo que saqueou os cofres públicos (inclusive irrigando os
cofres dos veículos de comunicação com bilhões de reais em ‘arrego' travestido
de propaganda), continue tentando maquiar os efeitos devastadores do governo
mais corrupto da história do Rio de Janeiro. E quem vai pagar essa conta somos
nós.
Fonte: Texto
Anônimo
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