É raro encontrar um indivíduo que não seja fã de um pãozinho francês. A maioria de nós, quando pensa na possibilidade de consumo deste produto, imagina-se consumindo o pão francês quentinho.
Mas, logo após o consumo, nos deparamos com um desconforto abdominal, devido ao consumo do pão francês fresco.
Como sempre recebo pacientes que relatam este desconforto ao usar o dito produto fresco, resolvi pesquisar mais a fundo o que poderia desencadear tal resposta orgânica.
Descobri que, apesar de no Brasil, assim como em vários outros países, ser proibido o uso de Bromato de Potássio no preparo do pão francês, este ainda é largamente usado.
Esta substância ainda permanece muito ativa (em torno de 2 horas) após a retirada do pão francês do forno e, provoca a diminuição exacerbada da função de uma enzima chamada amilase pancreática*, se o produto for consumido neste período.
Tal fato não ocorre quanto mais distante do término do cozimento do pão francês se fizer o consumo (contado após o período de 2 horas). Mas assim perde-se muitas vezes o prazer de comê-lo.
Em busca de uma solução para esta questão, procurei coletar informações junto a profissionais da área de panificação e descobri que, se pegarmos o pão francês “dormido” (ou mesmo comprado no mesmo dia mais cedo) e pincelarmos água mineral ou filtrada por todo o pão e o colocarmos no forno em temperatura média de 180º C por aproximadamente 5 a 6 minutos, teremos o pão quente novamente, sem o efeito negativo do Bromato de Potássio, ou seja, sem que ocorra a diminuição da função da enzima amilase pancreática.
A medida que vamos praticando este recurso, fica mais fácil identificar o tempo e a temperatura adequados à realização do processo de reaquecimento do pão francês, pois isso pode variar de forno para forno e, é bastante diferente quando se usa o forno elétrico.
Vale lembrar que esta forma de reaquecimento não funciona em forno Microondas.
Vai aqui um conselho, se você faz parte do fã clube “Pão Francês Right Now”, experimente e usufrua esta idéia.
* Amilase Pancreática: para quem não sabe ou não se lembra, esta enzima é produzida pelo pâncreas, atua a nível de duodeno e é a responsável pela fragmentação do amido em moléculas de maltose. Elas participam do término da digestão dos carboidratos a nível intestinal.
Fonte: .nutricaovidaesaude Por Mônica de Castro Barbosa
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