quarta-feira, 24 de maio de 2017

Alerj aprova aumento da contribuição à Previdência dos servidores


Os deputados da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovaram o aumento da contribuição à Previdência dos servidores estaduais do Rio, em uma discussão na tarde desta quarta-feira. A elevação da contribuição de 11% para 14% foi aprovada e entrará em vigor em 90 dias. Uma emenda do PDT determinou que a a medida só será válida quando os salários forem pagos.

Mais cedo, não houve acordo entre membros da oposição na Alerj, deputados da base governista e secretários que fazem parte do governo de Luiz Fernando Pezão sobre um possível escalonamento do aumento da contribuição à Previdência por parte dos servidores.
Foi proposto, em reunião entre os líderes dos partidos que começou às 12h, que o percentual de 3% fosse dividido pelos próximos três anos. A opção foi descartada, e o texto que será votado vai prever uma aplicação imediata do aumento de 11% para 14%.
Veja como votou cada deputado na discussão do aumento da contribuição dos servidores à Previdência
Com 39 votos favoráveis e 26 contrários, a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou o aumento da contribuição previdenciária dos servidores, de 11% para 14%. O resultado foi inferior ao esperado pelo governo, que acreditava em uma aprovação com mais de 40 votos favoráveis. Além disso, há quatro deputados ausentes e um licenciado.
Favoráveis ao aumento
Ana Paula Rechuan (PMDB)
André Ceciliano (PT)
André Corrêa (DEM)
Aramis Brito (PHS)
Átila Nunes (PMDB)
Benedito Alves (PRB)
Carlos Macedo (PRB)
Chiquinho da Mangueira (PTN)
Cidinha Campos (PDT)
Coronel Jairo (PMDB)
Danielle Guerreiro (PMDB)
Dica (PTN)
Dionísio Lins (PP)
DR. Deodalto (DEM)
Dr. Gotardo (PSL)
Edson Albertassi (PMDB)
Fábio Silva (PMDB)
Fatinha (SDD)
Figueiredo (PROD)
Geraldo Moreira (PTN)
Geraldo Pudim (PMDB)
Gil Viana (PSB)
Gustavo Tutuca (PMDB)
Iranildo Campos (PSD)
João Peixoto (PSDC)
Jorge Picciani (PMDB)
Luiz Martins (PDT)
Marcos Abrahão (PT do B)
Marcos Vinicius (PTB)
Milton Rangel (DEM)
Nivaldo Mulim (PR)
Carlos Osorio (PSDB)
Paulo Melo (PMDB)
Rafael Picciani (PMDB)
Renato Cozzolino (PR)
Rosenverg Reis (PMDB)
Tia Ju (PRB)
Zé Luiz Anchite (PP)
Zito (PP)
Quem votou contra o aumento:
Bebeto (PDT)
Bruno Dauaire (PR)
Carlos Minc (sem partido)
Comte Bittencourt (PPS)
Dr. Julianelli (REDE)
Eliomar Coelho (PSOL)
Enfermeira Rejane (PC do B)
Flávio Bolsonaro (PSC)
Flavio Serafini (PSOL)
Gilberto Palmares (PT)
Jânio Mendes (PDT)
Jorge Felippe Neto (DEM)
Lucinha (PSDB)
Luiz Paulo (PSDB)
Marcelo Freixo (PSOL)
Márcio Pacheco (PSC)
Martha Rocha (PDT)
Paulo Ramos (PSOL)
Samuel Malafaia (DEM)
Silas Bento (PSDB)
Tio Carlos (SDD)
Wagner Montes (PRB)
Waldeck Carneiro (PT)
Wanderson Nogueira (PSOL)
Zaqueu Teixeira (PDT)
Zeidan (PT)
Ausentes e licenciado:
Filipe Soares (DEM) Faltou
Marcelo Simão (PMDB) Faltou
Marcia Jeovani (DEM) Faltou
Marcos Muller (PHS) Faltou
Pedro Augusto (PMDB) Licenciado
Protesto no Centro do Rio
Há registro de confusão durante o protesto de servidores em frente à Alerj contra o aumento da alíquota previdênciária, no Centro do Rio. Manifestantes teriam tentado entrar no Palácio Tiradentes, que está cercado com grades, e a polícia revidou. Bombas de efeito moral foram jogadas, e há muita correria.
Durante o protesto desta quarta-feira, em frente ao Palácio Tiradentes, cinco automóveis de deputados da Alerj foram danificados por manifestantes.
O carro da deputada Lucinha (PSDB) teve um vidro quebrado. Os carros dos deputados Fatinha (SDD), Zaqueu Teixeira (PDT), Geraldo Pudim (PMDB) e Enfermeira Rejane (PC do B) sofreram avarias leves, como retrovisores quebrados.
A Segurança da Casa acionou a Polícia Civil para registrar a ocorrência e fazer a perícia dos veículos. Não há registro de feridos até o momento.
Fonte: Extra

Servidores começam a chegar para ato contra aumento da Previdência; segurança é reforçada

                                         
Desde as 11h, servidores de diversas categorias começaram a chegar à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) para o ato marcado para as 13h, contra o aumento da contribuição previdenciária. Na entrada principal, pelo acesso da Avenida Presidente Antônio Carlos, os funcionários estão prendendo cartazes na grade que cerca todo o entorno do Palácio Tiradentes. Agentes da Polícia Militar estão espalhados pelas ruas próximas a Alerj. Um grupo está em frente à Rua da Assembleia, enquanto outro está próximo ao Terminal Menezes Cortes.
No acesso pela Avenida Erasmo Braga, líderes do Movimento Unificado dos Servidores (Muspe) estão com carro de som convocado os funcionários e gritando palavras de ordem contra o governo. Eles são observados por um grupo de 20 policiais.

O Muspe cobra a entrada no parlamento para acompanhar a votação marcada para as 15h. Já foi informado aos líderes do movimento que não será permitida a entrada dos servidores no Palácio.
Fonte: Extra                                   

terça-feira, 23 de maio de 2017

Alerj aprova calamidade pública até o fim de 2018 e 'evita' a exoneração de 110 mil servidores ativos

                                         
Com 37 votos favoráveis e 26 contrários, a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou a prorrogação do estado de calamidade pública no Estado do Rio até o dia 31 de dezembro. O atual prazo vai até 31 de dezembro de 2017. Em meio a muitas discussões, os governistas apresentaram o argumento de que sem a prorrogação, o Rio teria que demitir, a partir de janeiro de 2018, 110 mil servidores ativos.

A informação foi passada pelo subsecretário de Fazenda e Planejamento, Luiz Claudio Gomes, que esteve presente a reunião entre os líderes dos partidos que aconteceu antes da votação.
— Sem a calamidade, não teríamos os prazo ampliados para voltar a nos enquadrar as obrigações da Lei de Responsabilidade Fiscal. Teríamos que implementar, já de acordo com a Lei de Orçamento Anual, a previsão de demissão de cerca de 110 mil servidores ativos — decretou.
Na tribuna, deputados contrários questionaram o cálculo do governo.
— Me parece absurda essa questão dos 110 mil servidores exonerados. O governo ampliou hoje um prazo para evitar que o governador seja acusado pela sua irresponsabilidade — disse Paulo Ramos, do PSOL.
Fonte:Extra 

segunda-feira, 22 de maio de 2017

PT, PSDB e PMDB concentram mais de 60% dos repasses informados pela JBS

                                           Joesley Batista, um dos donos da JBS, em foto de arquivo de 2011

Entre 2006 e 2014, a JBS doou dinheiro a 28 partidos, mas apenas três deles concentraram quase dois terços das milionárias doações do período: PT, PSDB e PMDB. Os números estão em uma planilha entregue pela empresa em sua delação premiada.
A tabela entregue pela JBS à PGR (Procuradoria-Geral da República) registra repasses de astronômicos R$ 495 milhões a partidos políticos. Deste valor, 63% ficou com PT, PMDB e PSDB.
O PT recebeu, segundo a JBS, R$ 172,2 milhões e é o partido com maior volume de repasses da empresa. O PSDB vem em seguida, com R$ 79,6 milhões. Em terceiro está o PMDB, com R$ 58,5 milhões.
Além de PT, PSDB e PMDB, a planilha da JBS mostra repasses aos seguintes partidos: DEM, PCdoB, PDT, PEN, PHS, PMN, PP, PPL, PPS, PR, PRB, PROS, PRP, PRTB, PSB, PSC, PSD, PSDC, PSL,PTdoB, PTB, PTC, PTN, PV e SD.
"Nós fizemos doações oficiais de R$ 400 milhões, e mais cerca de R$ 100 milhões em notas fiscais frias", contou Batista, em linha com os R$ 495 milhões da planilha.
A tabela não deixa claro que parte dos valores informados se refere a doações legais --ou seja, informadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE)-- e o que seria caixa 2.
Para o dono da JBS, Joesley Batista, aparentemente isso não faz tanta diferença. Em depoimento de delação premiada, ele disse que mesmo as doações oficiais são "propina disfarçada de campanha política" .

Delator da JBS descreve partidos que receberam propina


A evolução da quantidade de dinheiro destinado pela JBS a partidos ajuda a entender o que Ricardo Saud, executivo do grupo J&F --que controla a JBS--, chamou de "reservatório de boa vontade" entre agentes públicos .
Segundo a tabela, a empresa doou R$ 7,9 milhões a oito partidos na eleição presidencial de 2006. Na disputa seguinte, em 2010, o valor saltou para R$ 66,2 milhões, distribuídos por 18 legendas.
Em 2014, os repasses explodiram. Chegaram a R$ 388 milhões, para 28 partidos. A eleição daquele ano concentrou aproximadamente 80% das doações, regulares ou não, relatadas pela JBS.
Segundo levantamento do UOL feito em janeiro de 2015, a JBS informou ao TSE doações de R$ 366,8 milhões em 2014 .
Com isso, haveria uma diferença de R$ 21,2 milhões entre o valor informado às autoridades e o descrito na planilha.

Entenda o caso

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo, retirou nesta sexta (19) o sigilo dos documentos das delações de executivos da JBS, que levantam suspeitas sobre diversos nomes de peso da política nacional. O presidente Michel Temer (PMDB) é implicado no caso, e se tornou alvo de investigação aberta com autorização do STF 
A base do pedido de abertura do inquérito é a conversa gravada entre Temer e Joesley Batista. O empresário entregou à PGR a gravação do diálogo que teve com Temer, durante um encontro realizado no dia 7 de março no Palácio do Jaburu. Entre as suspeitas relacionadas à conduta de Temer estão a de que ele deu aval para que Joesley continuasse comprando o silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O áudio, porém, não é conclusivo quanto a esse ponto.
Na mesma conversa, Temer ouve Joesley contar que havia colocado um procurador para atuar a favor do grupo J&F  nas investigações. O Palácio do Planalto disse que Temer "não acreditou" no que o empresário estava falando.
Joesley também parece ser atendido por Temer ao cobrar um "alinhamento" do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles , em questões envolvendo órgãos como a Receita Federal, BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Cade (Conselho Adminstrativo de Defesa Econômica) e a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), órgão que regula o mercado financeiro brasileiro. A Presidência negou que Temer tenha intercedido a favor de Joesley. 
Diante da crise política provocada pela revelação da conversa, Temer veio a público na tarde de quinta (18) dizer que não iria renunciar .
Alguns dos outros políticos citados nas delações como supostos participantes de irregularidades são os ex-presidentes petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff , além do senador Aécio Neves (PSDB-MG) .
São delatores Joesley Mendonça Batista e Wesley Mendonça Batista, irmãos e donosda JBS, além de Ricardo Saud, Francisco de Assis e Silva, Florisvaldo Caetano de Oliveira, Valdir Aparecido Boni e Demilton Antônio de Castro.
Fonte: .jornalfloripa
Veja o vídeo:
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quinta-feira, 18 de maio de 2017

Temer: nunca houve um presidente tão vulgar

                                 


Michel Temer, agora investigado pelo STF por crimes cometidos no mandato,  deve estar vivendo suas últimas horas no cargo. Vai sair pela portas dos fundos, vai sair como um gatuno vulgar que, por muitos anos,  disfarçou-se de político habilidoso.  Muito se dirá sobre os 12 meses tenebrosos em que ele governou o Brasil após o golpe parlamentar de 2016 e sobre as razões de sua queda. Mas, antes que ele vire cachorro morto, quando até os bajuladores que teve no período irão espancá-lo, quero destacar uma característica que nenhum outro governante exibiu de forma tão acintosa: a vulgaridade no poder.   
    A vulgaridade na política se manifesta quando alguém exerce o poder sem cultura e sem preparo intelectual para o cargo e,  também, em sua forma mais grave, quando um governante o exerce sem condições morais para tanto, sem enfrentar dilemas e limites éticos, o que em algum momento acaba levando à queda no abismo, como acontece agora com Temer. Como já aconteceu, ao longo da História,  com imperadores e tiranos que se entregaram à  vulgaridade no poder.
    Não falemos da vulgaridade intelectual de Temer, de sua incultura, de suja abordagem superficial e rasa das questões mais relevantes ou graves. Sem pisar na norma culta da Língua, como fazia Lula despertando as iras da imprensa e dos críticos, Temer passou um ano dizendo platitudes e besteiras que não incomodaram os que o ajudaram a chegar lá.
Fiquemos na vulgaridade moral, que só não viu quem não quis, muito antes destas revelações sobre seu encontro com Joesley Batista.
    Há pouco alguém ligado a Temer me dizia que ele caiu numa cilada da PF e do Ministério Público. Reclamou do ministro da Justiça, por não ter sabido de nada.  Eis aí uma prova de sua vulgaridade. Acostumado a conduzir tratativas nada republicanas, em que já foram discutidas propinas, inclusive uma vultosa, de R$ 40 milhões, em que pedia contribuições eleitorais de R$ 10 milhões, como fez no encontro com Marcelo Odebrecht, acostumado a todo tipo de traficâncias na relação com os poderosos, Temer portou-se como um peixe n”água na conversa com Joesley. Ali estava mais um magnata a quem poderia servir em troca de vantagens e de apoio político.
    - Isso tem que ser mantido, viu?
    Isso o quê mesmo? O mensalão pago pela JBS a Eduardo Cunha para que não fizesse delação premiada. Poisa se fizesse, mandaria Temer para o espaço.
    Além disso, Temer repassou ao empresário informações privilegiadas sobre queda nos juros e ofereceu cargos em vários órgãos sensíveis, o que lhe renderia, é claro, vantagens indevidas. Fiquemos com o eufeminismo jurídico para corrupção.  O que significa o pagamento de propina a Rodrigo Loures, com quem Temer mandou Joesley tratar dos problemas enfrentados por sua empresa? Batista perguntou se poderia tratar “de tudo” com Loures. “De tudo”, confirmou Temer. “Tudo”, está claro, inclui a propina que foi paga a Loures e foi documentada pela PF.
A vulgaridade moral, entretanto, perpassou toda a sua passagem pela presidência. Nos últimos dias, Temer distribuiu bilhões de reais para a plutocracia empresarial em troca de votos para as reformas neoliberais, que vinha utilizando como moeda na busca de apoio do mercado. Nos últimos dias houve um perdão de R$ 25 bilhoes para o Banco Itaú, de R$ 10 bilhões para os ruralistas que não pagam o Funrural, de R$ 8 bilhões do Refis para empresas urbanas, de bilhões não calculados em renovação de contratos de concessão...E no entanto, os que só agora se dizem decepcionados com ele trataram tudo isso com naturalidade. A começar pela imprensa.
    Enquanto destruía políticas sociais e retirava direitos e conquistas ínfimas dos mais pobres, inclusive aposentadorias por invalidez, Temer ia além de todos os limites e das próprias aparências para proteger seus aliados encalacrados. Manter no governo  ministros investigados como Padilha, Moreira e outros tantos, em qualquer país, seria visto como uma vulgaridade intolerável. Trump, que promete muita vulgaridade na presidência dos EUA, por muito menos já está sendo confrontado.
Aqui, entretanto, não houve uma insurgência geral contra os arreganhos, os abusos e a vulgaridade de Temer. Muito pelo contrário, ele contou com grande indulgênica da mídia,  de organizações da sociedade civil e do próprio Judiciário.
    Ainda esta semana, Temer ficou raivoso quando se soube que a babá de seu filho era paga pelo erário.Ocupa função de confiança no Planalto. cargo público de confiança. Sentindo-se firme no cargo, com um prato de melado à sua frente,   parecia acreditar que o Brasil havia renunciado a qualquer exigência moral em relação a ele. Podia transgredir à vontade. Afinal, chegara à Presidência após um impeachment cometido em nome da moralidade, emobra não tenham podido acusar Dilma de corrupção.
    Eis que, com as revelações sobre seu encontro com Joesley – embora os áudios ainda não tenham sido divulgados – os brasileiros resolvem dizer “basta” e a própria elite política e empresarial constata que não dá mais para segurar. Decide livrar-se dele. O homem, afinal, não passa de um rato vulgar.
   Temer desce ao mais ‘baixo nível’, brinca com dinheiro público e nomeia babá de filho como assessora do gabinete presidencial
Fonte: Tereza Cruvinel colunista do 247

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Grupo faz ato em frente ao Planalto após revelação de denúncias contra Temer

Até as 21h30, não havia registro de conflito no local. Protesto se baseia em denúncias reveladas pelo jornal O Globo, de que Temer teria dado aval para comprar silêncio de Cunha.

Grupo se reúne em frente ao Palácio do Planalto, em ato contra presidente Michel Temer (Foto: TV Globo/Reprodução)

anifestantes se reuniram em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, na noite desta quarta-feira (17), para protestar contra o presidente Michel Temer. O ato fazia referência às denúncias, reveladas pelo jornal "O Globo" no fim da tarde, de que Temer foi gravado dando aval para comprar o silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Até as 21h30, não havia registro de confronto no local. Questionada pelo G1, a Polícia Militar não tinha estimativa de participantes até o mesmo horário. Naquele momento, de acordo com assessores, Temer seguia reunido com ministros no Planalto.
Por volta das 22h, o grupo que se reunia em frente às grades de proteção do Palácio do Planalto foi "recuado" pela Polícia Militar rumo à Praça dos Três Poderes – do outro lado das seis faixas do Eixo Monumental. Segundo informações da GloboNews, os militares usaram spray de pimenta para afastar os manifestantes.
Militares do Exército que atuam na segurança do Palácio do Planalto também se posicionaram nos arredores do prédio, para conter o avanço dos manifestantes. No protesto, havia pessoas com bandeiras do PT e do Brasil. O grupo gritava palavras de ordem contra Michel Temer e contra o impeachment de Dilma Rousseff, e também pedia eleições diretas para a presidência da República.
Em nota, o Palácio do Planalto afirmou que Temer se reuniu com o empresário Joesley Batista, dono da JBS, mas "jamais" tentou evitar a delação de Cunha. "Não participou e nem autorizou qualquer movimento com o objetivo de evitar delação ou colaboração com a Justiça pelo ex-parlamentar", diz trecho.

A denúncia

Segundo o jornal, o empresário Joesley Batista entregou uma gravação feita em março deste ano em que Temer indica o deputado Rodrigo Rocha Lourdes (PMDB-PR) para resolver assuntos da J&F, uma holding que controla o frigorífico JBS. Posteriormente, Rocha Lourdes foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil, enviados por Joesley.
Ainda não há informação sobre se a delação foi homologada. O Supremo Tribunal Federal (STF) disse que não irá se pronunciar nesta quarta-feira (17) sobre a delação.

m outra gravação, também de março, o empresário diz a Temer que estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada para que permanecessem calados na prisão. Diante dessa informação, Temer diz, na gravação: "tem que manter isso, viu?"
Na delação de Joesley, o senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, é gravado pedindo ao empresário R$ 2 milhões. A entrega do dinheiro foi feita a Frederico Pacheco de Medeiros, primo de Aécio, e filmada pela Polícia Federal (PF). A PF rastreou o caminho do dinheiro e descobriu que foi depositado numa empresa do senador Zeze Perrella (PSDB-MG).
Fonte: G1 DF

Dono da JBS gravou Temer dando aval para comprar silêncio de Cunha, diz jornal

Planalto nega que presidente tenha solicitado pagamentos. Segundo o colunista Lauro Jardim, de 'O Globo', informação faz parte do conteúdo da delação dos irmãos Joesley e Wesley Batista. Depoimentos também citam Aécio Neves e Guido Mantega.


                         O presidente Michel Temer, durante entrevista à Rede Vida (Foto: Marcos Corrêa/PR)

Os donos do frigorífico JBS disseram em delação à Procuradoria-Geral da República (PGR) que gravaram o presidente Michel Temer dando aval para comprar o silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), depois que ele foi preso na operação Lava Jato. A informação é do colunista do jornal "O Globo" Lauro Jardim.

Segundo o jornal, o empresário Joesley Batista entregou uma gravação feita em março deste ano em que Temer indica o deputado Rodrigo Rocha Lourdes (PMDB-PR) para resolver assuntos da J&F, uma holding que controla o frigorífico JBS. Posteriormente, Rocha Lourdes foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil, enviados por Joesley.

Ainda não há informação sobre se a delação foi homologada. O Supremo Tribunal Federal (STF) disse que não irá se pronunciar nesta quarta-feira (17) sobre a delação.

Em outra gravação, também de março, o empresário diz a Temer que estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada para que permanecessem calados na prisão. Diante dessa informação, Temer diz, na gravação: "tem que manter isso, viu?"

Na delação de Joesley, o senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, é gravado pedindo ao empresário R$ 2 milhões. A entrega do dinheiro foi feita a Frederico Pacheco de Medeiros, primo de Aécio, e filmada pela Polícia Federal (PF). A PF rastreou o caminho do dinheiro e descobriu que foi depositado numa empresa do senador Zeze Perrella (PSDB-MG).

Em nota, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência disse que o presidente Michel Temer "jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Não participou nem autorizou qualquer movimento com o objetivo de evitar delação ou colaboração com a Justiça pelo ex-parlamentar". (Veja no final do texto a íntegra da nota).

Aécio não se manifestou. A defesa de Eduardo Cunha informou que não se pronunciará.

Segundo o jornal, em duas ocasiões em março deste ano Joesley conversou com Temer e com Aécio levando um gravador escondido.

O colunista conta que os irmãos Joesley e Wesley Batista estiveram na quarta-feira passada no Supremo Tribunal Federal (STF) no gabinete do ministro relator da Lava Jato, Edson Fachin – responsável por homologar a delação dos empresários. Diante dele, os empresários teriam confirmado que tudo o que contaram à PGR em abril foi de livre e espontânea vontade.

Joesley contou ainda que seu contato no PT era Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda de Lula e Dilma Rousseff. Segundo "O Globo", o empresário contou que era com Mantega que o dinheiro da propina era negociado para ser distribuído aos petistas e aliados, e também era o ex-ministro que operava os interesses da JBS no BNDES.


Cunha

Joesley disse na delação que pagou R$ 5 milhões para Eduardo Cunha após sua prisão na Lava Jato. O valor, segundo o jornal, seria referente a um saldo de propina que o deputado tinha com o empresário.

Joesley Batista disse ainda que devia R$ 20 milhões por uma tramitação de lei sobre a desoneração tributária do setor de frango.

Investigação

Segundo o jornal, pela primeira vez a PF fez "ações controladas" para obter provas. Os diálogos e as entregas de dinheiro foram filmadas e as cédulas tinham os númjeros de série controlados. As bolsas onde foram entregues as quantias tinham chips de rastreamento.

Durante todo o mês de abril, foram entregues quase R$ 3 milhões em propina rastreada.

O jornal informou que as conversas para a delação dos irmãos donos da JBS começaram no final de março. Os depoimentos foram coletados do início de abril até a primeira semana de maio. O negociador da delação foi o diretor jurídico da JBS, Francisco Assis da Silva, que depois também virou delator.

Veja a íntegra da nota do Palácio do Planato:
NOTA À IMPRENSA
O presidente Michel Temer jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Não participou e nem autorizou qualquer movimento com o objetivo de evitar delação ou colaboração com a Justiça pelo ex-parlamentar.

O encontro com o empresário Joesley Batista ocorreu no começo de março, no Palácio do Jaburu, mas não houve no diálogo nada que comprometesse a conduta do presidente da República.
O presidente defende ampla e profunda investigação para apurar todas as denúncias veiculadas pela imprensa, com a responsabilização dos eventuais envolvidos em quaisquer ilícitos que venham a ser comprovados.

SECRETARIA ESPECIAL DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA PRESIDÊNCIA
Fonte G1