Segundo anúncio feito nesta segunda-feira, 4, pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB), 1,2 milhão de ingressos para as Olímpiadas de 2016 serão subsidiados pela Prefeitura do Rio; "A base de trabalho deve ser a rede municipal de ensino. Nós vamos permitir que todas as crianças da rede municipal possam ir a pelo menos a um evento das Olimpíadas", disse Paes; para ele, Jogos de 2016 vão se caracterizar pela menor quantidade de aplicação de recursos públicos, pelo menor número de "elefantes brancos"
A prefeitura do Rio de Janeiro vai subsidiar a compra de 1,2 milhão de ingressos dos Jogos Olímpicos de 2016, destinados a alunos da rede municipal de ensino. O programa, com divulgação prevista para os próximos dias, vai se chamar Cariocas Olímpicos. O anúncio foi feito hoje (4) pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB), no primeiro dia do Encontro 2014 do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, com a imprensa nacional credenciada na sede do comitê, na Cidade Nova, centro do Rio de Janeiro.
"São quase 11 milhões de tíquetes vendidos. A prefeitura vai subsidiar 1,2 milhão de ingressos, e a base de trabalho deve ser a rede municipal de ensino. Temos 600 mil crianças nas áreas mais pobres da cidade, que dificilmente conseguem acessar a compra de ingressos para grandes eventos. Nós vamos permitir que todas as crianças da rede municipal possam ir a pelo menos a um evento das Olimpíadas", completou. Aluno e um acompanhante poderão comprar ingressos por preços mais baixos, mas o desconto ainda será discutido, de acordo com Eduardo Paes.
Na avaliação do prefeito, os Jogos de 2016 vão se caracterizar pela menor quantidade de aplicação de recursos públicos, pelo menor número de "elefantes brancos" [quando os equipamentos são construídos para os jogos e depois não são aproveitados pela população] e por representarem maior legado para a cidade. Paes destacou que a obrigação dos entes responsáveis pela preparação dos Jogos é fazer uma boa Olimpíada. Do ponto de vista dos Jogos isso vai acontecer, segundo ele, e acrescentou que do ponto de vista do legado, o grande argumento para trazer os Jogos para o Brasil era fazer uma grande transformação na cidade.
"Essa super transformação está ocorrendo. É comparar o que aconteceu em Barcelona, com o impacto das obras feitas, e o que está acontecendo no Rio de Janeiro. Não há, na história dos Jogos Olímpicos, cidade que tenha tido tanta intervenção, tanta obra, tanta mudança urbanística, tanto investimento em mobilidade como no Rio de Janeiro com as Olimpíadas. Falo com toda tranquilidade. Isso já está garantido. Se imaginar que o centro [da cidade] se recupera, cai a [Avenida] Perimetral, dez quilômetros de túnel, 100 quilômetros de BRT (veículo leve sobre pneus) já entregues, metrô. Isso é incomparável. Não há cidade no mundo que tenha sofrido tantas intervenções como o Rio de Janeiro", contou, acrescentando que quando fala de legado se refere ao que ficará para melhorar as condições de vida na cidade.
O prefeito informou ainda que o Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, no Engenho de Dentro, zona norte do Rio, vai voltar a funcionar para jogos de futebol no fim do ano. "No final deste ano, em novembro ou dezembro, a gente pretende devolver ao Botafogo [de Futebol e Regatas] para, se Deus quiser, o Botafogo poder ganhar o campeonato brasileiro e jogar a final no Engenhão, ou, no mínimo, começar o campeonato carioca no ano que vem", estimou.
Segundo Paes, as obras de reforço da estrutura, com recuperação de parte da cobertura, estão com bom andamento. "Está caminhando superbem. A obra está a pleno vapor", completou.
O estádio, que por meio de contrato é administrado pelo clube, foi interditado pela prefeitura carioca no dia 26 de março de 2013, após um laudo apontar a instabilidade da cobertura do estádio. Ela foi projetada pela empresa Alpha, e a execução das obras coube ao Consórcio Engenhão, formado pelas empresas Odebrecht e OAS.
Sobre a Baía de Guanabara, onde acontece desde sábado um evento-teste da modalidade vela, o prefeito reconheceu que ainda há muito lixo em algumas partes da região, mas ponderou que o governo estadual tem feito investimentos para melhorar as condições da baía. "Temos muito o que fazer ali ainda, queremos garantir mais uma vez que até 2016 a Baía de Guanabara estará em totais condições, como já apresenta condições de balneabilidade. Temos que avançar também, e cada vez mais, nos cinco municípios [do entorno da Baía], e aí não é só a cidade do Rio de Janeiro, na questão do lixo", disse.
Fonte: Cristina Indio do Brasil, da Agência Brasil
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