segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Governo americano espionou Xbox Live e World of Warcraft

NSA teria usado agentes infiltrados dentro dos jogos e comunidades para monitorar e coletar conversas em texto, áudio e postagens em fóruns de discussão


Reuters/Lucas Jackson
Pessoas no evento que lançou oficialmente o Xbox One
Xbox One: analistas da NSA teriam sugerido ao governo que se iniciasse o monitoramento nos games por causa do fator de anonimato

São Paulo - O governo norte-americano espionou jogadores de World of Warcraft, Second Life e da Xbox Live, de acordo com documentos divulgados por Edward Snowden e publicados pelo site The Guardian.
A Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos teria usado agentes infiltrados dentro dos jogos e comunidades para monitorar e coletar conversas em texto, áudio e postagens em fóruns de discussão. O órgão equivalente do governo britânico, a GCHQ, também teria participado da operação.

Ainda de acordo com o documento, analistas da NSA teriam sugerido ao governo que se iniciasse o monitoramento nos games por causa do fator de anonimato: terroristas em potencial poderiam combinar ataques e recrutar novos membros através de um canal supostamente seguro e livre de vigilância.

A reportagem nota que o relatório não contém indicação de que nenhuma tentativa de atentado ou atividade parecida tenha sido identificada desde que essa iniciativa começou

Em declaração ao The Guardian, a Blizzard - que opera World of Warcraft - disse nunca foi contatada pelas agências para disponibilizar dados de dentro do jogo. A Microsoft, a Linden Lab (de Second Life) e o governo norte-americano se recusaram a comentar o caso.

A privaciade dos jogadores tem estado em discussão há algum tempo, e essa preocupação tem aumentado com o lançamento dos consoles da próxima geração. Tanto o PlayStation 4 quanto o Xbox One possuem câmeras e sistemas de compartilhamento de imagens, e o novo Kinect captura constantemente imagens e sons enquanto está ligado. A Microsoft diz, porém, que é possível desligar essas funcionalidades e que não compartilha dados com o governo a não ser que haja uma ordem judicial.

Fone: Exame.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário