sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Secretário diz que obras de interligação do Cantareira começam este mês




reserva técnica do Sistema Cantareira
Obras de interlicação do Sistema Cantareira com o Paraíba do Sul devem começar neste mês    Divulgação/Sabesp
O secretário de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo, Benedito Braga, disse hoje (16), em Brasília, que as obras para a interligação do Sistema Cantareira com a Bacia do Rio Paraíba do Sul devem começar ainda este mês. Após reunião com representantes da Agência Nacional de Água (ANA) e dos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, Braga afirmou que o encontro foi “cordial” e que analisou “dados técnicos”.
“A interligação está sendo trabalhada. O governador [Geraldo] Alckmin esteve no ano passado com a presidenta Dilma [Rousseff] e chegaram a um acordo de financiamento e de colocação dessas obras prioritárias no regime do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]. Então, as obras [da interligação] devem ter início muito proximamente, até o final deste mês, ou no início do mês que vem”, informou Braga.
Barra do Piraí - Estiagem o rio Paraíba do Sul na cidade de Barra do Piraí, no estado do Rio de Janeiro.
Obra não  comprometerá abastecimento do Rio de Janeiro pelo Paraíba do Sul, que também sofre com a estiagem, diz secretárioAgência Brasil/Tomaz Silva
No encontro dos representantes dos três estados e da agência foi discutido também um plano de segurança hídrica para a Bacia do Rio Paraíba do Sul. O secretário ressaltou que, dos debates técnicos, será elaborada uma resolução com propostas concretas. Antes de entrar em vigor, o documento será debatido com a sociedade por meio do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul.
Segundo o secretário, o processo de interligação não comprometerá o abastecimento do Rio de Janeiro e deve começar a funcionar em março do ano que vem. “Não entendo por que cobertor curto. Não se trata disso, absolutamente. A ideia é aumentar a segurança hídrica da Bacia do Rio Paraíba do Sul. Ou seja, vamos armazenar água nos reservatórios para que o Rio de Janeiro tenha segurança hídrica. Vamos interligar a Bacia do Rio Jaguari com o Sistema Cantareira para que São Paulo tenha segurança hídrica. Não há conflito nenhum”, disse Braga. “O que há é cooperação, interesse de trabalhar junto”, afirmou.
Com a interligação será construído um novo reservatório que bombeará água para o Cantareira. O projeto apresentado no ano passado pelo governador Geraldo Alckmin prevê a construção de um canal entre as represas Atibainha, que integra o sistema que abastece a grande São Paulo, e o Reservatório Jaguari, um dos afluentes do Paraíba do Sul, principal fonte de abastecimento do Rio de Janeiro, que também abastece Minas Gerais.

Sistema Cantareira
Enquanto perdura a crise do Cantareira, São Paulo investe em tratamento de água de esgoto Divulgação/Sabesp
A ideia, conforme a proposta paulista, é construir um sistema de “mão dupla”. Ou seja, quando um dos reservatórios tiver excedente de água, o volume será enviado para a outra represa. A interligação, no entanto, enfrentou resistência do Rio de Janeiro, já que dois terços das águas do Rio Paraíba do Sul são desviados para garantir o abastecimento da região metropolitana do Rio. O Paraiba do Sul, que nasce em São Paulo, atravessa os estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, contribui para o abastecimento de 15 milhões de pessoas por onde passa.
De acordo com Braga, enquanto a interligação não entra em funcionamento, São Paulo investirá na construção de sistemas para tratamento de água de esgoto. “Até lá, a situação é bastante complexa, temos algumas alternativas na área do reuso de água dos esgotos. Isso é um ponto que pode ser jogado nos reservatórios. São obras de execução mais curta, mas que ainda levam uns seis meses.”
Fonte: Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas

MORADORES BUSCAM ALTERNATIVA POR ÁGUA E SECRETARIA FAZ OPERAÇÃO

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A Secretaria Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro fez nesta quinta-feira 15 uma operação contra a captação ilegal de água em poços artesianos e a venda do produto em caminhões-pipa, na zona oeste da cidade. De acordo com a secretaria, com problemas no abastecimento de água encanada na região, a procura por caminhão pipa cresceu

A Secretaria Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro fez hoje (15) uma operação contra a captação ilegal de água em poços artesianos e a venda do produto em caminhões-pipa, na zona oeste da cidade. De acordo com a secretaria, com problemas no abastecimento de água encanada na região, a procura por caminhão pipa cresceu. O coordenador de Combate a Crimes Ambientais da Secretaria, José Maurício Padrone, disse que para captar água do lençol freático é necessária uma outorga do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Antes de autorizar a comercialização dessa água, o Inea faz, por exemplo, a análise para saber se ela é própria para o uso humano.
O morador do bairro do Recreio Fernando Versari disse que sofre com a falta de água encanada há pelo menos três meses. "Tem dias que chega água sem força na minha cisterna, mas tem dias que não chega nada. A sorte é que tenho um poço artesiano na minha casa. E, para beber, a gente tem que comprar água mineral", destacou o coordenador.
Na operação desta quinta-feira, três pontos de captação ilegal de água nos arredores do Parque Estadual da Pedra Branca foram encontrados e lacrados pela secretaria. "Nós estamos sofrendo atualmente com a questão da água e esses caminhões são vendidos sem o menor controle do Estado. A gente não sabe se essa água é contaminada ou não. A pessoa que compra para sua casa ou seu condomínio não tem a mínima ideia da procedência dessa água", disse Padrane, da secretaria.
Na Comunidade do Terreirão, também no Recreio, moradores dizem que o abastecimento de água só ocorre de madrugada. Mesmo assim, segundo a fisioterapeuta Valéria de Mattos, a água sequer tem pressão para chegar nas casas. Por isso, as pessoas fazem fila para buscar água em uma bica, que passa ao lado de um valão. "Eles abrem a água 1h da manhã e tenho que ficar a madrugada toda esperando aqui para encher um balde. A fila é imensa. Às 7h, já não tem mais água. Hoje, por exemplo, tomei água de balde. Tem gente tentando fazer poços artesianos, mas é muito caro, cerca de R$ 3 mil", disse a moradora.
No valão perto da bica, todas as noites costumam ficar vários jacarés já que os moradores têm o costume de alimentá-los nesse horário. "Teve uma vez que um jacaré pulou em cima de um cano próximo de onde estava uma criança", disse Valéria. Jorge Pereira de Almeida, outro morador do Terreirão, disse que também recorre à bica, mas ressalta que os jacarés não causam problema. "Eu tenho um poço em casa mas, de vez em quando, tenho que pegar água ali".
O secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, disse que a estiagem que atinge o país piora a situação do abastecimento de água. Ele explicou que deve se reunir com a direção da Companhia Estadual de Abastecimento de Água (Cedae) para discutir uma revisão tarifária que beneficie quem economizar água e puna quem gastar demais.
Por meio de nota, a Cedae informou que a falta de água não afeta toda a região e, se houver, são casos pontuais. No entanto, de acordo com a nota, a empresa tem um conjunto de obras na região, no valor de R$ 200 milhões, para ampliar o abastecimento da Barra, do Recreio dos Bandeirantes, de Jacarepaguá, Vargem Grande e Vargem Pequena, todos na zona oeste.
Fonte: Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil

CENÁRIO PARA REPRESAS DO SUDESTE É PIOR QUE EM 2014

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Com as chuvas se mostrando bem mais escassas do que o esperado, uma possível necessidade de racionamento do consumo de eletricidade volta a rondar o planejamento de consultorias e comercializadoras de energia do País
SÃO PAULO (Reuters) - As previsões para a situação dos reservatórios das hidrelétricas do Sudeste do país em janeiro pioraram e as condições do período úmido atual têm se mostrado mais desfavoráveis do que no ano passado, frustrando expectativas iniciais de meteorologistas e do setor elétrico.
Diante de tal cenário, em que as chuvas realizadas têm se mostrado bem mais escassas do que o esperado, uma possível necessidade de racionamento do consumo de eletricidade volta a rondar o planejamento de consultorias e comercializadoras de energia do país.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) reduziu para 44 por cento da média histórica a estimativa de chuvas esperadas para reservatórios do Sudeste em janeiro, segundo três fontes que acompanham as previsões do setor elétrico. Comercializadoras de energia recebem previsões antes de os números serem publicados pelo ONS em seu site, geralmente no período da tarde das sexta-feiras.
A estimativa da semana passada era de que as chuvas na região seriam equivalentes a 56 por cento da média, próximo do que ocorreu em janeiro do ano passado, quando as chuvas foram equivalentes a cerca de 54 por cento da média histórica. As previsões atualizadas representam uma grande redução ante a estimativa de afluências equivalentes a 90 por cento da média feita pelo ONS no final de dezembro.
"Tem um sistema de alta pressão que não deixa chuvas saírem do Sul para o restante do Brasil, que atuou no ano passado e não estava previsto para esse ano", disse o gerente de regulação da Safira Energia, Fábio Cuberos.
O meteorologista da Climatempo, Alexandre Nascimento, disse que esse sistema deve começar a enfraquecer na semana que vem e há expectativa de retorno das chuvas nos últimos 10 dias de janeiro. "Mas isso não vai compensar essas duas primeiras semanas de janeiro e a última semana de dezembro que tiveram pouquíssima chuva", disse ele.
Apesar de as previsões de chuva poderem mudar rapidamente, Nascimento lembra que as previsões têm se mostrado melhores que a realidade nos últimos tempos. "Olhando as condições atuais, tanto de reservatórios como do clima, acho que não tem chuva para reverter a situação de forma tão satisfatória para dizer que a situação estará tranquila em abril", disse.
O ONS estima ainda que as afluências em janeiro devem ser equivalentes a 63 por cento da média no Norte, 27 por cento da média no Nordeste e 222 por cento da média no Sul.
RESERVATÓRIOS A 30% EM ABRIL
As previsões de agentes do setor elétrico apontam que o nível dos reservatórios das hidrelétricas no Sudeste deve chegar a no máximo 30 por cento de armazenamento ao fim do período úmido, em abril, em condições piores do que no ano passado, quando ficou em 38,77 por cento.
"Se a chuva vier na média, a estimativa do ONS é que no final do período úmido estivesse com 35 por cento nos reservatórios do Sudeste e daria pra passar o ano todo. Mas é difícil chegar a 35 por cento no cenário atual", disse o consultor da Enecel Energia, Lucilio Lelis.
Ele acrescentou que, além disso, o consumo de carga de energia no sistema elétrico já começou a atingir recordes na demanda instantânea máxima diante das altas temperaturas registradas, conforme aconteceu na terça-feira nos subssistemas Nordeste e Sudeste/Centro Oeste.."A situação está muito crítica mesmo. Deveria haver uma medida mais enérgica para reduzir a carga", disse.
O diretor da consultoria Excelência Energética, Erik Rego, avalia que o cenário causa preocupação quanto ao abastecimento neste ano. "Janeiro, fevereiro e março são os três meses que têm que salvar o ano", disse. Segundo ele, nas projeções da consultoria feitas no fim de dezembro precisaria chover 80 por cento da média histórica no período úmido no Sudeste para evitar a necessidade de um racionamento de enegia.
Cuberos, da Safira Energia, disse que na última projeção de cenário da consultoria, considerando até a segunda semana de janeiro, a expectativa é de que o nível dos reservatórios das hidrelétricas no Sudeste chegasse a entre 30 e 35 por cento em abril e a 10 por cento em novembro.
"Com esse cenário agora, vamos ter que dar uma revisada nas previsões. A gente começa, sim, a vislumbrar alguma possibilidade de complicar o abastecimento. A situação está se agravando a cada semana", disse.
Alexandre Nascimento, da Climatempo, vê o nível das represas de hidrelétricas no Sudeste em no máximo 30 por cento ao final do período úmido.
Para o reservatórios do Cantareira, que abastace a Grande São Paulo com água, as previsões também pioraram. "No cenário mais otimista possível, chegaríamos em 20 por cento (em abril)", disse. No início de janeiro, Nascimento disse que na melhor das hipóteses o reservatório recuperaria o volume morto, chegando a 28 por cento de armazenamento.
Fonte: 247 Por Anna Flávia Rochas

E se a água realmente acabar em São Paulo?

Água deve acabar e colapso acarretará em êxodo urbano em São Paulo, garantem especialistas. Problema ainda não foi tratado com realismo por parte da mídia e das autoridades

sistema cantareira água são paulo
A mais grave crise de abastecimento de água potável no estado de São Paulo e principalmente na Região Metropolitana, ainda não foi tratada com realismo por parte da mídia e das autoridades.
Até agora o que se viu e ouviu sobre o nível dos reservatórios, não retrata a verdadeira “guerra civil” que se aproxima nos meses seguintes, garantem especialistas.
volume sistema cantareira são paulo
Desde o segundo semestre de 2013, a irregularidade de precipitação atrelada ao consumo excessivo, à péssima malha de distribuição de água e a falta de investimento por parte do governo levou a uma redução muito drástica do nível dos principais reservatórios que abastecem as regiões de Campinas, Itu e São Paulo.
O maior destaque dado pela mídia, o Sistema Cantareira, que já não possui mais capacidade natural de armazenamento de água, está agonizando com sua segunda reserva técnica sendo retirada e com data para acabar.
nível armazenamento cantareira são paulo
Nesta segunda-feira (05), o nível de armazenamento do conjunto de represas do Cantareira atingiu apenas 7% da capacidade máxima, levando-se em consideração a segunda cota do “volume morto”. Em maio de 2014 foram acrescidos 182,5 bilhões de litros de água da reserva técnica e que já estão acabando.
governo do estado de São Paulo, que expôs ao mundo a falta de gerenciamento para com o bem mais importante que existe para a sobrevivência de qualquer espécie, segue a linha de raciocínio acreditando sempre que dias melhores virão e que a água da chuva voltará a encher os reservatórios e que ao final tudo acabará bem novamente.
A visão é duramente criticada por geólogos, hidrólogos e pesquisadores ligados ao campo hídrico, econômico, ambiental e político.
De acordo com Pedro Côrtes, geólogo e professor de gestão ambiental da Universidade de São Paulo (USP), a situação vivida pela população ao longo do ano de 2014 ainda não foi dramática.
Estamos no começo da crise. O pior ainda não aconteceu”, acrescentou o pesquisador.
O déficit de precipitação de mais de mil milímetros atrelado ao esquecimento no investimento por parte do governo deve gerar ao longo de 2015, marcas jamais vividas na história recente de qualquer cidadão brasileiro, garantem os pesquisadores.
cantareira são paulo 2013 2014
Dados do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Cptec/Inpe) mostraram que ao longo de 2013, a precipitação acumulada, principalmente entre a Região Metropolitana de São Paulo e o nordeste do estado, na divisa com Minas Gerais, onde estão as seis represas do Sistema Cantareira, oscilou entre 1.300 e 1.500 milímetros. Já em 2014, o acumulado variou em média entre 900 e 1.100 milímetros. Algumas estações não computaram nem 700 milímetros de chuva ao longo de todo o ano.
sistema cantareira são paulo 2001 2002
Cenários largamente mais preocupantes que a crise hídrica e energética (ano de racionamento de energia elétrica e de água potável) adotado pelos governos entre 2001 e 2002, quando choveu de forma bem mais distribuída que agora em 2013 e 2014.
Se somadas as deficiências de precipitação dos últimos cinco anos, a região encontra-se mais de necessária, precisando de ao mínimo, mil milímetros de precipitação.
A cidade de São Paulo, principalmente, deve entrar em colapso total até o final de 2015, onde moradores não terão água para beber, indústrias promoverão a demissão em massa, pela falta de água na produção das mercadorias e a migração de famílias inteiras para outras regiões será única e exclusivamente em função da inexistência de água. Esse é o cenário mais otimista alertado com muita antecedência pelos pesquisadores.
O comércio, a indústria e os moradores residentes em São Paulo, bem como a área metropolitana, sentirão não apenas no bolso, mas no método de sobrevivência, tamanha ingerência política.
Os pesquisadores, que já haviam indicado a possibilidade ainda em 2013, agora cravam a certeza de que teremos um êxodo urbano, ou seja, a população migrando da cidade grande para o interior devido, exclusivamente, à falta de água potável para a sua sobrevivência e também pela demissão em massa e a crise econômica que ela irá alavancar.
A mídia e o governo não mostraram ainda a gravidade que se aproxima com a extinção da água potável dos principais reservatórios, o que não significa que em anos seguintes, o armazenamento não seja recuperado. Cabe a população agilizar suas tarefas e gerir a pouca água que resta. Mesmo que chova o dobro do que foi perdido nos últimos dois anos, as represas demorariam, pelo menos cinco anos, para recompor o que foi perdido.
São Paulo está à beira do colapso, mas como sempre, acreditamos em dias melhores, ou na chuva que cairá. E isso terá um preço muito alto a ser pago por todos.
Não existe milagre, mas sim planejamento. E planejamento é o que menos fizeram nos últimos anos para com a água de São Paulo.
Fonte: Pragmatismo Político

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Temperaturas no Rio estão acima das previsões do Inmet

A temperatura atingiu hoje (13) 40 graus Celsius (°C) em algumas áreas do Rio de Janeiro, com sensação térmica de até 46ºC em Guaratiba, na zona oeste, e tudo indica que o calor vai continuar, pois o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) não prevê chuva nos próximos dias, embora admita a possibilidade de chuvas isoladas em alguns pontos da região serrana e da Baixada Fluminense.
A meteorologista do Inmet Marlene Leal disse que as temperaturas no verão deste ano estão acima do esperado. “Temos os termômetros marcando 3 a 4 graus além do previsto, algo semelhante ao que ocorreu no verão anterior. Outra similaridade com o verão do ano passado é o pouco volume de chuvas, devido à presença de uma massa de ar seca e quente. Ela impede a aproximação de frentes frias e, consequentemente, as precipitações conhecidas como chuvas de verão”, explicou.
Marlene esclareceu que esse fenômeno não é considerado anormal, mas a diferença é que vem acontecendo com maior frequência, causando escassez das precipitações. “Muita gente acha que este verão está muito seco, mas não está muito diferente do ano passado. Percebemos que a tendência no verão é a de que as chuvas devem ser mais dispersas, mas também mais concentradas.”
Para quem trabalha diariamente debaixo de sol intenso e em situações de calor extremo, as altas temperaturas são um problema diário. O motorista de ônibus Israel Valin, de 43 anos, falou sobre o desconforto que sente por dirigir veiculos sem ar condicionado. "É uma sensação térmica terrível. Calor nas pernas e no rosto, por causa da quentura do motor", disse Valin, que aguarda a chegada dos veículos com ar condicionado para ter condições melhores de trabalho e se cansar menos.
Já o vendedor ambulante Leonardo de Carvalho, de 24 anos, procura se proteger do sol usando um guarda-sol e bebendo muita água para evitar a desidratação. "É muito cansativo e muito estressante. Não só pelo sol, mas pelos clientes estressados. Por aqui, vejo muitas pessoas passando mal, desmaiando por causa do sol. Não temos nenhuma cobertura melhor nos pontos", disse Leonardo. Ele explicou que também dá assistência às pessoas que ficam na fila esperando o coletivo, quando alguém passa mal ou desmaia.
A ex-presidente da Associação Brasileira de Medicina do Trabalho (ABMT) Elizabeth Mota Schiavo destacou que o trabalho a céu aberto é inevitável, por ser inerente a uma série de profissões e serviços que não podem deixar de ser feitos e explicou o termo estresse térmico, que pode ocorrer em qualquer pessoa que trabalha exposta a temperaturas extremas, tanto altas quanto baixas. "Nas temperaturas altas, esse tipo de estresse tem consequências. Uma das principais é a desidratação e o que ela causa. A segunda é a exposição solar e os cuidados que se tem que ter, como uso de chapéu, filtro solar e camisas. Proteger o corpo da exposição, tanto pela queimadura, que é um efeito rápido, quanto pelo câncer de pele, que é uma consequência tardia dessa exposição", disse Elizabeth.
Outra profissão em condições de calor extremo é a de quem controla o tráfego nas ruas do centro do Rio de Janeiro. Os agentes precisam ficar no meio das vias para ajudar motoristas e pedestres que atravessam de um lado para o outro. Muitas ruas não têm locais com sombra, e isso dificulta ainda mais o trabalho. É o caso do operador de tráfego Ezequias dos Santos, de 23 anos, que qualifica o trabalho de muito desgastante. "É difícil, a gente sua muito, tem que beber muita água, senão é desidratação geral mesmo. Às vezes, quando o trânsito está fluindo bem, a gente vai para a sombra se abrigar e usa o protetor [solar] também."
Paulo Henrique Pinheiro, de 36 anos, que trabalha como chaveiro, diz que o calor não é bom para ninguém, principalmente para as pessoas que têm problema de pressão. Além disso, ele trabalha em uma cabine de ferro e diz que, para se refrescar, busca sombra, molha a cabeça e os pulsos e usa um ventilador. "O calor é imenso para todo mundo. Mesmo com o ventilador o vento vem quente."
A médica Elizabeth Schiavo destacou que hoje em dia existe conscientização das empresas quanto à necessidade de uso do protetor solar, de bonés e roupas confortáveis para executar tarefas sob o sol. Além disso, as empresas devem fornecer o material de proteção contra o sol, como "o chapéu de aba larga que protege a face, o protetor solar, que deve ser aplicado a cada duas horas, e fazer com que o profissional tenha acesso à reposição de água". Ela ressaltou também que a prefeitura do Rio já permite que seus funcionários públicos usem bermudas para trabalhar, o que reduz o desconforto dos profissionais nos dias mais quentes.

Fonte: Da Agência Brasil Edição: Stênio Ribeiro

Ônibus é incendiado durante a madrugada em São Paulo

Um ônibus foi incendiado por volta da meia-noite no Grajaú, zona sul da capital paulista. De acordo com a Polícia Militar (PM), o coletivo foi abordado na Rua Rubens de Oliveira, próximo ao número 1040, por um grupo de quatro pessoas.
Segundo a PM, eles protestavam contra o aumento da tarifa do transporte público em São Paulo, que passou de R$ 3 para R$ 3,50. O coletivo que ficou destruído era da Viação Cidade Dutra.
O caso será investigado pelo 101º Distrito Policial – Jardim Imbuias.

Fonte: Fernanda Cruz - Repórter da Agência Brasil Edição: Graça Adjuto

Giorgio Napolitano renuncia à Presidência da Itália

Da Agência Lusa Edição: Graça Adjuto


Presidente da Itália, Giorgio Napolitano, renuncia ao cargo
Presidente da Itália, Giorgio Napolitano, renuncia ao cargoMassimo Percossi/Agência Lusa/direitos reservados
O presidente italiano, Giorgio Napolitano, de 89 anos, demitiu-se esta manhã, anunciou hoje (14) a Presidência da República italiana em breve comunicado.
Napolitano "assinou esta manhã a sua demissão do cargo", diz o comunicado, acrescentando apenas que "a Secretaria-Geral da Presidência vai ocupar-se de comunicar oficialmente aos presidentes do Senado, da Câmara dos Deputados e do Conselho de Ministros".
Eleito em 2006 e amplamente respeitado no país, Napolitano foi reeleito em 2013,  após falta de acordo político em relação ao seu sucessor, mas nunca tinha escondido a sua intenção de não cumprir o mandato até o fim, previsto para 2020, por causa da sua idade e do estado de saúde.
A carta de demissão foi enviada à presidente da Câmara dos Deputados, Laura Boldrini, que é a responsável formal pela convocação da reunião de eleitores nos próximos 15 dias.
A renúncia de Giorgio Napolitano era esperada e nas últimas semanas a imprensa italiana tem noticiado prováveis sucessores, mas nenhum deles parece capaz de reunir o consenso necessário para garantir a eleição.
Entre os nomes estão os ex-chefes de Governo Romano Prodi e Giuliano Amato, o ex-presidente da Câmara de Roma, Walter Veltroni, e os ministros Pier Carlo Padoan (Economia) e Roberta Pinotti (Defesa).
Fonte: Agência Brasil

Ex-diretor da Petrobras é preso pela Polícia Federal

Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil Edição: Graça Adjuto
Depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Mista da Petrobras do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró (Wilson Dias/Agência Braisl)
Polícia Federal prende ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor CerveróWilson Dias/Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) prendeu, nas primeiras horas da madrugada de hoje (14), o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, quando o executivo desembarcava no Riogaleão - Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio, procedente de Londres, na Inglaterra.
Cerveró passou toda a madrugada em uma sala especial determinada pela PF nas dependências do terminal, de onde seguiu de avião para Curitiba, onde estão presos outros acusados de participar da Operação Lava Jato.
Em nota divulgada na madrugada, o Ministério Público Federal (MPF) informou que foi cumprido mandado de prisão preventiva do executivo, uma vez que havia indícios de que ele “continua a praticar crimes e a transferir bens a seus familiares”.

Durante a madrugada, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa de Cerveró e de parentes. Informações obtidas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) indicavam, entre outros pontos, que o executivo tentou transferir para sua filha R$ 500 mil, em uma operação em que perderia soma considerável de dinheiro, além de imóveis adquiridos com recursos de origem duvidosa e por valores abaixo dos praticados no mercado.
Na avaliação do MPF, a custódia cautelar foi necessária para “resguardar a ordem pública e econômica e para evitar a continuidade dos crimes que vinham sendo praticados pelo ex-dirigente".  
Nestor Cerveró foi denunciado pelo MPF em dezembro, por lavagem de dinheiro e corrupção ativa, quando passou a réu no processo da Operação Lava Jato, juntamente com o doleiro Alberto Youssef, com Fernando Antonio Falcão Soares, que seria o operador do PMDB no esquema, além de empresários de várias empreiteiras que tinham contratos com a Petrobras.
Ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Cerveró foi apontado pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, em acordo de delação premiada, como um dos principais beneficiados no esquema de propina que envolveu a compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos – negócio que teria gerado prejuízos de US$ 792 milhões à estatal.

Saiba Mais

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

O perigo dos recipientes de plástico





Quem enfrenta o trânsito de uma cidade grande ou viaja de carro costuma carregar uma garrafinha PET de água para hidratar o corpo, principalmente em dias de calor.

No entanto, a boa intenção pode ter efeito contrário por falta de conhecimento.

Mas agora você vai ficar esclarecido e entender por que uma aparentemente inofensiva garrafinha de plástico pode representar uma forte ameaça à sua saúde.

O primeiro ponto a entender é que garrafas plásticas possuem substâncias química, como o bisfenol A.

Segundo a doutora Cristiane Kochi, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, o bisfenol A pode provocar distúrbio hormonal principalmente em grávidas e em bebês. 

Além disso, suas moléculas são bem instáveis, podendo migrar dos objetos para os alimentos com mudanças de temperatura.


Não podemos também, ignorar as suspeitas de que o bisfenol A, que além de cancerígeno, mexe negativamente na qualidade do esperma, o que prejudica a fertilidade.

E o que fazer para evitar essa ação negativa do bisfenol A?

O ideal seria ficar longe de produtos plásticos que contêm essa substância.

Mas, para não ser tão radical, você pode minimizar os riscos dessa substância da seguinte forma:

- não coloque comida quente (principalmente com gordura) em recipientes plásticos;

- Não coloque embalagens plásticas com água, sorvete e outros alimentos no congelador;

- Não tome chá ou cafezinho em copo plástico.

Além dessas recomendações, se você tem filhos recém-nascidos, observe se a chupeta e mamadeira dele são livres de bisfenol A, o que é geralmente informado na embalagem.

Aqui no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe a comercialização de chupetas e mamadeiras de plástico com essa substância.

Mas os leitores de outros países devem ficar atentos.

Alguns fabricantes já estão oferecendo vasilhas e garrafas livres de bisfenol A.

Essa informação consta no rótulo normalmente com a frase "livre de BPA/ BPA free".

E o pessoal de academia que leva sua própria garrafinha ou squeeze de plástico deve procurar no comércio garrafas ou squeezes "BPA free".

Agora outra informação importante: colocar o alimento/bebida num recipiente de plástico no congelador é ruim, mas menos perigoso do que colocar o alimento/bebida quente em vasilha ou garrafa de plástico.

Ah, que fique bem claro que não estamos dizendo que, se não seguirmos essas orientações, teremos câncer ou alguma disfunção hormonal - apenas estaremos aumentando o risco dessas doenças.

Não devemos, porém, viver com paranoia. 

Afinal, além da paranoia não ser saudável,  corremos o risco de pegar doenças desde o momento em que viemos ao mundo.

Mas é sempre bom ter o conhecimento necessário para cuidar melhor da saúde.

E é por isso que escrevemos este texto sobre os perigos das embalagens plásticas: para lhe dar uma informação que, com sabedoria, será  útil a você e a todos que desfrutam de seu convívio. 
Fonte: Cura pela Natureza

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

EM POSSE, PT SE UNE CONTRA MARTA E EM DEFESA DE JUCA

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Ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, não quis comentar as declarações da ex-ministra da Cultura, que o chamou de "inimigo de Lula" em entrevista no fim de semana; mas defendeu com veemência a trajetória do novo titular da pasta, Juca Ferreira, alvo de denúncia de Marta Suplicy à Controladoria Geral da União; fez um "belíssimo pronunciamento" e tem uma "bela história em defesa da cultura", disse Mercadante; durante a posse de Juca, nesta manhã, petistas não pouparam críticas à senadora, que está prestes a deixar o PT
 Os petistas se uniram na manhã desta segunda-feira 12, em Brasília, contra as declarações feitas pela senadora Marta Suplicy em entrevista publicada no fim de semana e em defesa do novo ministro da Cultura, Juca Ferreira, que tomou posse hoje. Marta enviou à Controladoria-Geral da União (CGU) documentos que apontam supostas irregularidades em contratos de R$ 105 milhões firmados pela gestão de Juca Ferreira com uma entidade ligada à Cinemateca Brasileira.
O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse que Juca Ferreira fez um "belíssimo pronunciamento" e tem uma "bela história em defesa da cultura". "O discurso dele fala tudo", acrescentou o petista. Mercadante não quis comentar a entrevista da ex-ministra, que o chamou de "inimigo de Lula" e disse que ele é "candidatíssimo" à presidência nas eleições de 2018. "Não vou falar sobre esse assunto", afirmou o ministro a jornalistas.
Petistas presentes na posse não pouparam críticas às declarações de Marta, que está prestes a deixar o PT. "As críticas que ela faz têm muito mais a ver com a sucessão paulistana do que com os grandes temas nacionais", disse o deputado Jorge Bittar (PT-RJ), em referência à disputa contra o prefeito Fernando Haddad (PT). Em 2012, Marta foi convencida por Lula a retirar sua pré-candidatura em favor do atual prefeito.
Segundo Bittar, a entrevista de Marta "cria um problema grave" para o PT "pela dimensão que ela (Marta) tem". O deputado Alessandro Molon, também do Rio de Janeiro, definiu as declarações da senadora como "fogo amigo" e defendeu que o diretório nacional do PT tome uma posição oficial em relação ao assunto. "É importante que seja uma posição do partido, para que não sejam posições individuais", disse. Ele também defendeu a recondução de Juca Ferreira ao cargo.
Na entrevista, além de Mercadante, Marta criticou o presidente do PT, Rui Falcão, a quem chamou de "traidor", afirmou que a presidente Dilma Rousseff "não ouve" e que o ex-presidente Lula não teve coragem de se impor como candidato em 2014. Ela afirmou ainda que "ou o PT muda ou acaba"
Fonte: 247

Próximo número do Charlie Hebdo terá caricaturas de Maomé



Cartunista do Charlie Hebdo segura uma capa do jornal
Cartunista do Charlie Hebdo segura uma capa do jornal e que diz "cem chibatadas se você não estiver morto de rir".


Paris - O próximo número do semanário satírico francês "Charlie Hebdo", que sairá à venda pela primeira vez após o atentado nesta quarta-feira com uma tiragem de um milhão de exemplares, incluirá caricaturas de Maomé, segundo Richard Malka, advogado do jornal.
Malka afirmou nesta segunda-feira à emissora de rádio "France Info" que a revista incluirá também charges sobre políticos e religiosos, pois "esse é o espírito do "Je suis Charlie"".
"Nunca vamos ceder. Se não, nada disto faria sentido", afirmou o advogado e colaborador do semanário onde dois jihadistas mataram na semana passa 12 pessoas, supostamente em represália pela publicação de caricaturas do profeta do islamismo.
Este atentado, e outros dois posteriores cometidos nos dias 8 e 9 de janeiro por um islamita radical, que deixou cinco pessoas mortas, geraram as maiores manifestações da história da França, com quase quatro milhões de presentes.
A revista "Charlie Hedbo" costuma pôr à venda 60 mil exemplares, mas o número que sairá dentro de dois dias terá uma tiragem de um milhão e será traduzido para 16 idiomas, segundo explicou um de seus desenhistas, Patrick Pelloux.
"Terá uma divulgação excepcional como gesto de vida e de sobrevivência", afirmou o advogado. Um redator do semanário, Gérard Biard, explicou à emissora que o desejo não é fazer um "número necrológico".
Para Malka, o lema popularizado após os atentados, "Je suis Charlie", é "um estado de espírito, que também defende o direito à blasfêmia" e, portanto, "evidentemente" o novo número do semanário incluirá caricaturas de Maomé.
"O humor sem rir de si mesmo não é humor. Nós rimos de nós mesmos, dos políticos, das religiões; é um estado de espírito", concluiu.
O atentado do dia 7 de janeiro matou oito jornalistas do "Charlie Hebdo", entre eles seu diretor, Charb, e quatro dos mais conhecidos caricaturistas da França.
Os membros restantes da redação se refugiaram nos escritórios do jornal "Libération" para continuar com seu trabalho, protegidos por um forte aparato de segurança.
O jornal "Le Monde" forneceu cinco computadores e equipamentos eletrônicos para que o "Charlie Hebdo" volte a publicar suas edições. 
Fonte: Exame.com

Modelo italiana faz topless na varanda de hotel nos EUA




11.jan.2014 - A modelo italiana Raffaella Modugno foi clicada em um momento bem à vontade na sacada de um hotel em Miami, nos Estados Unidos, neste domingo. De topless, a beldade apareceu com uma caneca e um celular no parapeito da varanda, deixando os mamilos à mostra em frente aos paparazzi. Raffaella já desfilou mas grifes renomadas como Dolce & Gabbana e Prada Reprodução/Egotastic
Fonte Bol Fotos