quinta-feira, 30 de outubro de 2014

PF desarticula quadrilha que fraudava Previdência em mais de 12 milhões

Suspeitos atuavam por meio de falsificação documentos e recuperação de ativos tais como, veículos, bens imóveis, valores e jet skis

por Portal Brasil
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (30) a Operação Omni. O objetivo da iniciativa foi desarticular quadrilha que fraudava a Previdência Social por meio de falsificação documentos e recuperação de ativos tais como veículos, bens imóveis, valores e jet skis.
Na atuação, foram cumpridos 51 mandados judiciais, sendo seis de prisão preventiva, sete de prisão temporária e 38 de busca e apreensão nas cidades pernambucanas de Garanhuns, Canhotinho, Recife, Tamandaré, Caruaru, Bezerros e de São Caetano, além de Maceió, em Alagoas e praia da Pipa, em Tibau do Sul.
A quadrilha, que era comandada por um empresário de Caruaru/PE gerava um prejuízo mensal à Previdência Social em torno de R$ 200 mil. Até o momento, os valores ultrapassam R$ 12 milhões.
Também são alvos da operação duas contadoras, um advogado, três servidores do INSS e dois funcionários da prefeitura de Garanhuns/PE cedidos para uma agencia do INSS em Canhotinho, além de laranjas usados pelo chefe da quadrilha para fraudar benefícios previdenciários.
Durante as investigações, a PF conseguiu evitar prejuízo de mais de R$ 300 mil.
Também foi identificado um esquema de lavagem de dinheiro por meio de uma rede de postos de combustíveis que ficaram sob intervenção da justiça até a integral reparação aos cofres públicos.
A Operação Omni é uma força tarefa entre a Polícia Federal, o Ministério da Previdência Social e o Ministério Público Federal.
O termo Omni vem do latim e significa onipresente, em referência aos beneficiários que estariam “vivos e mortos” ao mesmo tempo.
Fonte:

Psoríase: combata o preconceito contra a doença

Psoríase não é contagiosa e paciente pode conviver com sintomas. É importante procurar um médico ao primeiro sinal de anormalidade

Doença ataca principalmente a pele, mas pode afetar outras partes do corpo, como as articulações
A psoríase é uma doença inflamatória crônica não contagiosa que provoca lesões escamosas e manchas avermelhadas pruriginosas (coceira) no corpo. Porém, a enfermidade ainda é um problema cercado de mistérios.
Ela tem caráter hereditário, mas ainda não se sabe ao certo qual é a causa, muito menos a cura. O estado emocional do paciente interfere na recorrência dos sintomas e no controle da doença, podendo agravar o problema ou ajudar na sua recuperação. 
A psoríase ataca principalmente a pele, mas pode afetar outras partes do corpo, como por exemplo, as articulações. As lesões de pele mais frequentes são manchas e placas avermelhadas com escamas prateadas.
As áreas mais comuns onde ela surge são as dobras, como os cotovelos, os joelhos e a região das nádegas. Entretanto, também pode aparecer em outras partes, como no couro cabeludo e nas unhas. 
Sintomas 
De acordo com a localização e características das lesões, existem vários tipos de psoríase:
Psoríase Vulgar
Lesões de tamanhos variados, delimitadas e avermelhadas, com escamas secas, aderentes, prateadas ou acinzentadas que surgem no couro cabeludo, e na região externa dos joelhos e cotovelos.
Psoríase Invertida
Lesões mais úmidas, localizadas em áreas de dobras (áreas internas) como couro cabeludo, joelhos e cotovelos.
Psoríase Gutata ou Psoríase Eruptiva
Pequenas lesões localizadas, em forma de gotas, associadas a processos infecciosos. Geralmente, aparecem no tronco, braços e coxas (bem próximas aos ombros e quadril) e ocorrem com maior frequência em crianças e adultos jovens.
Psoríase Eritrodérmica
Lesões generalizadas e com fina descamação, por vezes bastante pruriginosas (coceira), em 75% ou mais do corpo.
Psoríase Ungueal
Surgem depressões puntiformes, espessamento ou manchas amareladas, principalmente nas unhas da mãos, podendo se associar a fragilidade da unha.
Psoríase Artropática ou Artrite Psoriática
Até 30% dos casos, pode estar associada a comprometimento articular. Surge de repente com dor nas pontas dos dedos das mãos e dos pés ou nas grandes articulações como a do joelho. 
Psoríase Postulosa
Aparecem Lesões vesiculosas (pequenas bolhas) contendo pus em seu interior nos pés e nas mãos (forma localizada) ou espalhadas pelo corpo.
Recomendações
É recomendado, ao primeiro sinal de anormalidade na pele, como lesão difícil de curar ou surgimento de placas, buscar atendimento médico em uma unidade Básica de Saúde. Como ainda não há cura, o tratamento é feito para controlar a doença, com o uso de pomadas e hidratantes no local das lesões.
Especialistas dão dicas de como conviver com a doença
Fonte:

Anvisa prioriza análise de novos medicamentos

Até o momento, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária já adotou medidas em relação a três processos de registro

por Portal Brasil
Tendo em vista as solicitações de informações recebidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre o procedimento de avaliação de novas terapias para o tratamento da hepatite C no Brasil, a Agência informa que está avaliando novas moléculas para o tratamento das hepatites virais.
Até o momento, a Agência já adotou medidas em relação a três processos de registro. O primeiro foi o início da avaliação dos dados clínicos do medicamento com o princípio ativo simperevir. Nos outros dois casos, foram aprovados pedidos de priorização de análise para os medicamentos com os princípios ativos sofosbuvir e daclatasvir, ambos a pedido do Ministério da Saúde e das empresas solicitantes do registro.
Esses pedidos de prioridade já foram aprovados dentro do que prevê a Resolução da Diretoria Colegiada RDC 37/2014, que disciplina as priorizações de análise de registro de medicamentos.
Sobre a doença
A hepatite C é uma doença causada por um vírus (HCV), sendo transmitida principalmente pelo sangue, contato sexual (rara) ou para os recém nascidos durante a gravidez (rara). Trata-se de uma doença que pode levar à lesões no fígado e até mesmo ao câncer hepático.
Fonte:

Barragem de Santa Cecília tem redução da vazão mínima prorrogada

Medida é válida até o dia 30 de novembro e será acompanhada de avaliações periódicas dos impactos da medida


por Portal Brasil
Nesta quinta-feira, 30 de outubro, o Diário Oficial da União publicou a Resolução nº 1.603/2014 da Agência Nacional de Águas (ANA), que prorroga a redução temporária da vazão mínima afluente à barragem de Santa Cecília, em Barra do Piraí (RJ), até 30 de novembro.
O documento mantém a redução da vazão mínima de 190m³/s para 160m³/s, que vem sendo adotada desde 1º de setembro.
A medida busca preservar os estoques de água disponíveis no reservatório equivalente da bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul, que é composto pelos barramentos de Paraibuna, Santa Branca, Jaguari e Funil.
A decisão considerou a atual situação hidrometeorológica desfavorável da região.
A redução de vazão será acompanhada de avaliações periódicas dos impactos da medida sobre os diversos usos da água na bacia do Paraíba do Sul, que deverão observar: a partição da diminuição de vazão que fluirá a jusante (abaixo) da barragem de Santa Cecília e da vazão de bombeamento para o rio Guandu.
Estas análises serão feitas pela ANA, pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e pelo governo do estado do Rio de Janeiro. O Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (CEIVAP) e o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Guandu darão apoio às avaliações.
A Resolução ANA nº 1.603/2014 também leva em conta a importância da bacia do rio Paraíba do Sul para o abastecimento de várias cidades, entre elas as que compõem a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, e a necessidade das regras de operação dos reservatórios preservarem os usos múltiplos da água. 
Ao elaborar o documento, a Agência Nacional de Águas também considerou os encaminhamentos da 12ª Reunião do Grupo de Trabalho Permanente de Acompanhamento da Operação Hidráulica na Bacia do Rio Guandu (GTAOH), que aconteceu em 21 de outubro. Na ocasião, o ONS apresentou dados do setor referentes à bacia.
Bacia do Paraíba do Sul 
A bacia do rio Paraíba do Sul tem uma área de aproximadamente 62.074km² e abrange 184 municípios, sendo 88 em Minas Gerais, 57 no Rio de Janeiro e 39 em São Paulo.
O rio Paraíba do Sul resulta da confluência dos rios Paraibuna e Paraitinga, que nascem no estado de São Paulo, a 1.800 metros de altitude.
O curso d’água percorre 1.150km, passando por Minas, até desaguar no Oceano Atlântico em São João da Barra (RJ). Os principais usos da água na bacia são: abastecimento, diluição de esgotos, irrigação e geração de energia hidrelétrica.

Finep é convidada para a Rede Europeia de Agências de Inovação

Brasil passa a ser um dos poucos países não europeus a fazer parte do grupo de 28 nações e 26 agências

por Portal Brasil
A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) acaba de ser convidada para ser um dos membros da Rede Europeia de Agências de Inovação (Taftie). Assim, o Brasil passa a ser um dos poucos países não europeus (além de Coreia, também recém-convidada, e Israel) a fazer parte do grupo de 28 nações e 26 agências.
Nos dias 25 e 26 de novembro, o presidente da Finep, Glauco Arbix, participa do Fórum “Medindo a Inovação”, na Bélgica, quando a financiadora será apresentada oficialmente.
Durante o encontro, também será discutido o progresso do Grupo de Trabalho (“Task Force”) atualmente em andamento, que pretende definir trocas de experiências sobre a eficácia e a eficiência das agências de inovação no mundo.
Os “Tasks Forces” são criados pelo conselho da Taftie, que reúne um representante de cada organização coligada, onde se estabelece um plano de trabalho anual. Os relatórios finais são disponíveis somente para os participantes.
Fundada em 1992, em Paris, a Taftie tem como objetivos principais promover o intercâmbio de melhores práticas de gestão; auxiliar a participação das empresas em projetos internacionais de P, D&I; colaborar para implantação dos programas nacionais de inovação; e incentivar a cooperação entre as agências para que atuem de maneira mais efetiva diante do fenômeno da inovação aberta, em um cenário de crescente integração entre empresas de diversos portes, instituições de pesquisa, clientes e fornecedores. Além disso, a Rede criou, em 2009, a Taftie Academy, que organiza treinamentos especializados para os associados.

Crédito imobiliário atinge R$ 10,3 bi em setembro e tem melhor resultado em 20 anos

Os empréstimos para compra e construção de imóveis com recursos da poupança totalizou R$ 10,3 bilhões em setembro,um avanço de 12% em relação a agosto último. Este foi o melhor resultado para setembro nos últimos 20 anos, informou nesta terça-feira (28) a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
Avanço foi de 12% em relação a agosto, quando o governo anunciou medidas estímulo ao crédito e ao setor imobiliário. Foto: Iano Andrade/Portal Brasil.
Avanço foi de 12% em relação a agosto, quando o governo anunciou medidas estímulo ao crédito e ao setor imobiliário. Foto: Iano Andrade/Portal Brasil.
Em agosto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou, juntamente com o Banco Central, uma série de medidas de estímulo ao crédito e ao setor imobiliário. Segundo a Abecip, o resultado de setembro também foi o quinto melhor para o mês da série histórica do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Os empréstimos com recursos da poupança somaram R$ 112,9 bilhões em um ano, alta de 9,2% em relação ao período anterior.
O valor destinado à aquisição e construção de imóveis atingiu R$ 83,1 bilhões nos primeiros nove meses deste ano, o que representam um aumento de 4,7% em relação a igual período do ano passado.
Os recursos foram dirigidos, em setembro, para aquisições e construções de 50,1 mil imóveis, um crescimento de 13,8% em relação a agosto e de 13,3% sobre setembro de 2013.
De janeiro a setembro, foram financiados 401,1 mil imóveis, aumento de 3,6% em relação ao mesmo período de 2013. E entre outubro de 2013 e setembro de 2014, foram 543,7 mil imóveis, avanço de 7% em relação às 508,1 mil unidades contratadas nos 12 meses anteriores.
Fonte: Portal Brasil com informações da Abecip.

Enem tem novo recorde no número de inscritos

Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) registrou novo recorde no número de participantes. Em 2014, 8,7 milhões de estudantes se inscreveram, o que representa um aumento de 21,6% de em relação ao ano anterior. Desde 2009, ano em que foi reformulado e passou a ser utilizado também como mecanismo de seleção para ingresso no ensino superior, o número de participantes mais que dobrou. Naquele ano, foram 4,1 milhões de inscritos.
Inscritos_Enem_1998_2014
A região Norte foi a que teve maior aumento no número de inscritos, 27,36%, atingindo total de 950.245 participantes. Em seguida veio Centro-Oeste, com aumento de 24,49%, 772.658 participantes; e Nordeste, com 22,01% de aumento, 2.877.673 participantes.
O estado que mais cresceu em número de inscritos foi o Amapá. O crescimento foi de 48,64%, alcançando o total de 62.304 participantes. O segundo maior crescimento foi alcançado no Distrito Federal, 40,20% com total de 160.910 participantes; o terceiro, Goiás, com 37,25% e total de 268.856 participantes.
Mais de 70% são isentos da taxa de inscrição
Uma análise do perfil quanto a pagamento/isenção, revela que 57,17% (4,9 milhões) dos participantes neste ano são estudantes isentos da taxa de inscrição por motivo de carência comprovada. Outros 16,33% (1,4 milhão) receberam a isenção por terem cursado o ensino médio em escola pública. Os demais 26,48% (2,3 milhões) são pagantes.
Os estudantes que se autodeclararam negros são a maioria dos inscritos, cerca de 5 milhões, parcela de 57,91% do total. Os que se autodeclaram brancos são quase 3,3 milhões, parcela de 37,70% do total.
Na análise por gênero, estudantes do sexo feminino são a maioria, 5 milhões, o que representa 58,11% do total de inscritos. Os do sexo masculino são 3,6 milhões, participação de 41,88%.
Participação abre portas
O Enem foi criado em 1998 com o objetivo de avaliar o desempenho do estudante ao fim da educação básica e, a partir disso, contribuir para a melhoria da qualidade do ensino.
Com a reformulação em 2009, o exame passou a contribuir ainda mais para a democratização das oportunidades de acesso às vagas oferecidas por Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) públicas e privadas. Hoje, o Enem é requisito para seleção de alunos em 115 universidades federais, estaduais e institutos de tecnologia por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
A nota do candidato participante também abre portas para outros programas do governo federal, como o ProUni, que oferece bolsas de estudo parciais e integrais em IFES privadas. Uma boa média final pode garantir o acesso ao programa Ciência sem Fronteiras.
Além disso, o exame é pré-requisito para firmar contratos pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Também serve como certificação de conclusão do Ensino Médio em cursos de Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Fonte: Blog do Planalto  

ADVOGADO DE YOUSSEF CONFIRMA ARMAÇÃO DE VEJA

:
O crime eleitoral cometido pela revista Veja, que pertence a Giancarlo Civita e é comandada pelo executivo Fábio Barbosa e pelo jornalista Eurípedes Alcântara (à dir.), foi confirmado, nesta quinta-feira, por reportagem do jornal Valor Econômico, pelo próprio advogado Antônio Figueiredo Basto, que defende o doleiro Alberto Youssef; reportagem da semana passada diz que Youssef afirmou que "Lula e Dilma sabiam de tudo"; eis, no entanto, o que aponta Figueiredo Basto: "Não houve depoimento no âmbito da delação premiada. Isso é mentira. Desafio qualquer um a provar que houve oitiva da delação premiada"; caso está nas mãos de Teori Zavascki, ministro do STF, que pode obrigar Veja desta semana a circular com direito de resposta; atentado à democracia envergonha o jornalismo
A situação da revista Veja e da Editora Abril, que atingiu o fundo do poço da credibilidade no último fim de semana, com a capa criminosa contra a presidente Dilma Rousseff, acusada sem provas pela publicação, pode se tornar ainda mais grave.
Reportagem do jornal Valor Econômico, publicada nesta quinta-feira, revela algo escandaloso: o "depoimento" do doleiro Alberto Youssef que ancora a chamada "Eles sabiam de tudo", sobre Lula e Dilma, simplesmente não existiu.
Foi uma invenção de Veja, que atentou contra a democracia, tirou cerca de 3 milhões de votos da presidente Dilma Rousseff e, por pouco, não mudou o resultado da disputa presidencial, ferindo a soberania popular do eleitor brasileiro.
Quem afirma que o depoimento não existiu é ninguém menos que o advogado Antônio Figureido Basto, que representa o doleiro. "Nesse dia não houve depoimento no âmbito da delação. Isso é mentira. Desafio qualquer um a provar que houve oitiva da delação premiada na quarta-feira", disse ele.
Basto também nega uma versão pró-Veja que começou a circular após as eleições – a de que Youssef teria feito um depoimento e depois retificado. "Não houve retificação alguma. Ou a fonte da matéria mentiu ou isso é má-fé mesmo", acusa o defensor de Youssef.
Com isso, a situação de Veja torna-se delicadíssima. No fim de semana, a publicação passou por uma das maiores humilhações de sua história, ao ser obrigada a publicar um direito de resposta contra um candidato – no caso, a presidente Dilma Rousseff – em pleno dia de votação.
Agora, a revista pode ser condenada a circular neste próximo fim de semana com uma capa e páginas internas, também com direito de resposta. A decisão está nas mãos do ministro Teori Zavascki, que pode decidir monocraticamente – ou levar a questão ao plenário do Supremo Tribunal Federal. Mas mesmo no plenário Veja tende a perder. Afinal, como os ministros justificariam o direito de informar uma mentira, com claras finalidades eleitorais e antidemocráticas?
Veja cometeu um atentado contra a democracia brasileira, que envergonha o jornalismo, e este crime é apontado pelo próprio advogado do doleiro Youssef. Os responsáveis diretos são: Giancarlo Civita, controlador da Abril, Fábio Barbosa, presidente da empresa, e Eurípedes Alcântara, diretor de Redação de Veja.
Abaixo, reportagem do Valor Econômico sobre o caso:
Advogado de Youssef nega participação em 'divulgação distorcida'
Por André Guilherme Vieira | De São Paulo
O advogado que representa Alberto Youssef, Antonio Figueiredo Basto, negou envolvimento na divulgação de informações que teriam sido prestadas pelo doleiro no âmbito da delação premiada, sobre o conhecimento de suposto esquema de corrupção na Petrobras pela presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Asseguro que eu e minha equipe não tivemos nenhuma participação nessa divulgação distorcida", afirmou ao Valor Pro. A informação de que Dilma e Lula sabiam da corrupção na Petrobras foi divulgada na sexta-feira passada pela revista "Veja".
No mesmo dia, o superintendente da Polícia Federal (PF) no Paraná, delegado Rosalvo Ferreira Franco, determinou abertura de inquérito para apurar "o acesso de terceiros" ao conteúdo do depoimento prestado por Youssef a delegados da PF e a procuradores da República.
"Acho mesmo que isso tem que ser investigado. Queremos uma apuração rigorosa", garante Basto, que já integrou o conselho da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). "Eu não tenho nenhuma relação com o PSDB. Me desliguei em 2002 do conselho da Sanepar [controlada pelo governo do Estado]. Não tenho vínculo partidário e nem pretendo ter. Nem com PSDB, nem com PT, nem com partido algum", afirma. O Paraná é governado por Beto Richa desde janeiro de 2011. Ele foi reconduzido ao cargo no primeiro turno da eleição deste ano.
A reportagem menciona que a declaração de Youssef teria ocorrido no dia 22 de outubro. "Nesse dia não houve depoimento no âmbito da delação. Isso é mentira. Desafio qualquer um a provar que houve oitiva da delação premiada na quarta-feira", afirma, irritado, Basto. O advogado diz ser falsa a informação de que o depoimento teria ocorrido na quarta-feira para que fosse feito um "aditamento" ou retificação sobre o que o doleiro afirmara no dia anterior: "Não houve retificação alguma. Ou a fonte da matéria mentiu ou isso é má-fé mesmo", acusa o defensor de Youssef.
Iniciadas no final de setembro, as declarações de Youssef que compõem seu termo de delação premiada são acompanhadas pelo advogado Tracy Joseph Reinaldet dos Santos, que atua conjuntamente com Basto.
O Valor PRO apurou que o alvo principal da operação Lava-Jato disse em conversas informais com advogados e investigadores, que pessoalmente considerava "muito difícil" que o presidente da República não tivesse conhecimento de um esquema que desviaria bilhões de reais da Petrobras para abastecer caixa dois de partidos e favorecer empreiteiras.
"Todo mundo lá em cima sabia", teria dito o doleiro, sem, no entanto, citar nomes ou apresentar provas.
O esquema de corrupção na diretoria de Abastecimento da Petrobras teria começado em 2005, segundo a investigação e o interrogatório à Justiça Federal do ex-diretor de Abastecimento da petrolífera, Paulo Roberto Costa. Era o segundo ano do primeiro mandato do então presidente Lula. Dilma foi nomeada ministra de Minas e Energia em 2003.
Segundo a versão de Costa à Justiça, Lula teria cedido à pressão partidária para nomeá-lo diretor da Petrobras, sob risco de ter a governabilidade ameaçada pelo trancamento da pauta do Congresso. "Mesmo que essa declaração do Paulo Roberto [Costa] seja fato e que a comprovemos nos autos, qual é o crime que existe nisso?", questiona um dos investigadores da Lava-Jato. "Uma coisa é a atividade política. Outra é eventual crime dela decorrente. Toda a delação de Costa e outras que venham a ocorrer serão submetidas ao crivo do inquérito policial e da devida investigação", esclarece.
A PF também instaurou inquérito para apurar supostos vazamentos da delação premiada de Costa.
Investigações sobre vazamentos podem resultar em processo penal. No dia 21 deste mês, o deputado federal Protógenes Queiroz (PC do B-SP) foi condenado pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por violação de sigilo funcional qualificada. Queiroz, que é delegado da PF, foi responsabilizado por "vazar" informações da operação Satiagraha, deflagrada em São Paulo em 2008.
Fonte: 247

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Passada a eleição, Alckmin muda o tom e pede ajuda de Dilma contra crise hídrica

Governador paulista admite aceitar auxílio financeiro oferecido em fevereiro. Mudança de ideia é comum: tucano chegou a afirmar que desabastecimento seria pontual e que bônus em conta era suficiente

represa
Na represa de Atibainha, a ANA registrou redução do volume maior do que a primeira cota do volume morto presumia


São Paulo – Passado o segundo turno das eleições presidenciais, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), mudou o tom de seus discursos dos últimos dez meses e, admitindo a gravidade da crise hídrica no estado, disse que pedirá ajuda financeira e desonerações fiscais para auxiliar no enfrentamento do problema. “eleição já acabou.Não deve haver um terceiro turnoIsso prejudica apopulação. A nossa disposição é a do diálogo e dacooperação”, disse Alckmin, que repetidamente afirmou que não havia risco de desabastecimento até março de 2015 e que o governo paulista estava realizando todas as medidas necessárias.
O governador quer que a União retire a carga tributária de PIS e Cofins, que segundo ele chega a R$ 680 milhões. “O governo federal precisa tirar o imposto da água. É inacreditável [esse valor]”,afirmou, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo.
Porém, tanto a presidenta Dilma Roussef (PT), quanto o presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, já comentaram que o governo federal não só ofereceu auxílio ao governo Alckmin, como avisou que a crise seria muito severa. O tema foi central nos debates finais do segundo turno entre a petista e Aécio Neves, correligionário de Alckmin. Este, frente às acusações da adversária de que o caso paulista evidencia incompetência na administração pública, acusou o governo federal de promover o aparelhamento da ANA. 
Em fevereiro procurei o governador Alckmin e falei que as nossas avaliações a respeito da situação da seca no Brasil indicavam uma forte seca no Sudeste”, contou Dilma no dia 20 de outubroE prosseguiu. “Em março o governador vem numa audiência no Palácio do Planalto: 'Governador, pela minha experiência, acho que o senhor deveria fazer obras emergenciais, porque tudo indica que essa seca se prolongará e vocês não têm capacidade de abastecimento de água suficiente'”.
Antes disso, em 24 de setembro, Andreu lembrou que a utilização do volume morto das represasfoi sugerida, no início de fevereiro, em uma reunião entre a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o governador.
O presidente da agência também lamentou que o governo paulista não estivesse informando a população de forma adequada em relação à gravidade da crise. “Nós dizemos que a situação é grave. Aí o governador aparece na televisão e diz que está tudo sob controle, que tem água até maio de 2015. A quem o cidadão dará ouvidos? Certamente não será à ANA”, reclamou.
Andreu destacou, em meio às críticas que fez quando da saída da ANA do Grupo Técnico de Assessoramento e Gestão (GTAG) do Sistema Cantareira, em meados de setembro, que o governo paulista apenas “ganhou tempo” sem realizar as medidas necessárias para enfrentar a crise. “Demos sugestões e fizemos propostas para enfrentar o problema. Nós temos mais de 300 resoluções conjuntas. Mas o governo paulista não quer sugestão, quer adesão”, afirmou.
Na manhã de hoje (29), o coordenador de Articulação e Comunicação da ANA, Antônio Félix Domingues, adotou o mesmo tom conciliador de Alckmin. “Esse é um momento de diálogo e união. A situação é muito grave”, afirmou, durante congresso sobre gestão da água, realizado por uma entidade do setor empresarial, na zona sul de São Paulo.
Alckmin disse também que está estudando rompimento da concessão da represa do Jaguari, que é de São Paulo, como geradora de energia. “Ela gera pouca energia elétrica. Vamos pedir para encerrar a concessão e manter a represa só para abastecimento humano”, afirmou.
Hojeo Sistema Cantareira chegou a 12,7% da capacidade, já com a segunda cota do volume morto adicionada. E o Alto Tietê, também em situação difícil, atingiu 7%.
A rigidez do discurso do governador vem erodindo ao longo do tempo, sempre em relação com o andamento do ano e da falta de chuvas.
Em 11 de março, Alckmin afirmou que o desconto para quem economizasse 20% na média de água consumida seria mantido somente na área atendida pelo sistema Cantareira, porque a medida era suficiente. “Não há necessidade de estender isso para outras regiões. O problema é localizado no sistema Cantareira, mas o uso racional da água é sempre positivo”, disse à época. Porém, 20 dias depois, o governador anunciava a ampliação da medida para 31 municípios da região metropolitana de São Paulo.
A primeira cota do volume morto do Sistema Cantareira (186 bilhões de litros de água) estava prevista, pelo governador, para durar até novembro. No entanto, já no final de setembro se cogitava a retirada da segunda cota (126 bilhões de litros). A autorização foi pedida pela Sabesp à ANA, mas acabou barrada pela Justiça Federal, no dia 10 de outubro, pelo risco da retirada deste volume de água afetar os rios que abastecem as regiões de Campinas e Piracicaba.
Mesmo assim, dias depois se descobriu que a Sabesp já estava retirando a água da segunda cota do volume morto, sem autorização.
A mesma situação se dá com a prática de racionamento. Alckmin nega a utilização da medida desde o início da crise. Quando se constatou que diversos bairros da periferia estavam sofrendo cortes no fornecimento, ele seguiu negando. Após o primeiro turno da eleição, em 5 de outubro, quando o governador se reelegeu, os cortes passaram a afetar outras regiões. Alckmin, no entanto, continuou negando.
Mas seus colaboradores, não. O secretário de Recursos Hídricos, Mauro Arce, admitiu que há redução da pressão e que por isso a água pode não chegar a regiões mais altas. Segundo ele, a medida é necessária para reduzir perdas de água em virtude dos vazamentos existentes nas redes de distribuição, que chegam a desperdiçar 27% da água tratada, na região metropolitana de São Paulo, segundo o Instituto Trata Brasil.
presidenta da Sabesp, Dilma Pena, foi na mesma linha. "Não existe racionamento. Existe, sim, falta de água pontual em áreas muito altas, muito longe dos reservatórios setoriais que distribuem água e em residências que moram muitas pessoas que têm reservação muito pequena. Nessas situações, sim, tem falta de água”, afirmou.
Durante a eleição, Alckmin chegou a dizer, até mesmo, que as denúncias de falta de água eram inventadas, citando um condomínio em que teria havido um relato depois não comprovado. 
Ontem, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) divulgou mapas repassados pela Sabesp que indicam locais mais propensos À falta de água, em virtude de serem locais altos e haver redutores de pressão próximos. O instituto lançou a campanha Tô Sem Água, que registrou cerca de 600 relatos desde 26 de junho. Destes, 82% afirmam que falta água a noite, 11% de manhã, outros 15% durante o dia e a noite todos, e 6% somente a tarde. Além disso, 58% dos participantes percebem comprometimento na qualidade de água.
Em outra ação, o Idec e a rede Minha Sampa criaram uma “ferramenta de pressão” no site Minha Cidade, direcionada para a presidente da Sabesp e para o diretor da rede metropolitana da Sabesp, Paulo Massato. Já foram encaminhadas 1400 mensagens de consumidores que querem saber onde faltará água.
Fonte: Rede Brasil Atual

Alckmin e Nahas podem responder por crime contra humanidade, diz procurador

São Paulo - O procurador do Estado de São Paulo Marcio Sotelo Felippe avalia que toda o processo judicial que resultou no despejo de milhares de pessoas da comunidade ocupada do Pinheirinho, em São José dos Campos/SP, tinha como objetivo beneficiar o megaespeculador Naji Nahas e, por isso, o Tribunal Penal Internacional tem de expedir mandados de prisão contra Nahas e o governador Geraldo Alckmin, além do presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Ivan Sartori.
Felippe analisou a documentação sobre o processo de falência da empresa Selecta, de Nahas, proprietária do terreno e beneficiária da reintegração de posse efetivada de forma violenta pela PM paulista no dia 22 de janeiro, com apoio da Guarda Civil Metropolitana de São José dos Campos. 
Para o representante do ministério público, que já ocupou o cargo de procurador geral do Estado na gestão do governador Mário Covas, o trio deve responder por crimes cometidos contra a humanidade.
Fonte: Rede Brasil Atual

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

"MUDANÇA NA ECONOMIA NA PRÓXIMA SEMANA"

:
Na 2ª entrevista concedida à imprensa, na noite desta segunda (27), a presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, à TV Globo, no Jornal Nacional, que não irá esperar a conclusão do primeiro mandato para mudar a política econômica do governo; "Externei ontem que não ia esperar a conclusão do primeiro mandato no sentido de melhorar o crescimento da economia. Eu vou abrir o diálogo com todos os segmentos. Quero dialogar com os setores empresariais, financeiros, com o mercado, fora do mercado, qual o caminho do Brasil. Pretendo colocar de forma muito claro as medidas que vou tomar. Mas não é hoje. Será antes do final do ano. Vou fazer neste mês que se inicia na próxima semana"", disse; ela também rechaçou a possibilidade de instabilidade política em decorrência das investigações dos casos de corrupção; "Eu não acredito em instabilidade política por se prender e condenar corruptos e corruptores. Acredito que o Brasil tem uma democracia forte. Temos que tomar uma atitude que interrompa a cultura da impunidade. Doa a quem doar temos que fazer justiça", ressaltou
Na segunda entrevista concedida à imprensa, após a vitória no segundo turno, a presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, à TV Globo, no Jornal Nacional, que não irá esperar a conclusão do primeiro mandato para mudar a política econômica do governo. 
"Externei ontem que não ia esperar a conclusão do primeiro mandato no sentido de melhorar o crescimento da economia. Eu vou abrir o diálogo com todos os segmentos. Quero dialogar com os setores empresariais, financeiros, com o mercado, fora do mercado, qual o caminho do Brasil. Pretendo colocar de forma muito claro as medidas que vou tomar. Mas não é hoje. Será antes do final do ano. Vou fazer neste mês que se inicia na próxima semana"", disse.
 
Abaixo os principais assuntos:
Instabilidade econômica
"Eu não acredito em instabilidade política por se prender e condenar corruptos e corruptores. Acredito que o Brasil tem uma democracia forte. Temos que tomar uma atitude que interrompa a cultura de impunidade. Doa a quem doar temos que fazer justiça. Se alguém errou tem que ser punido. O que deve levar a instabilidade política é a manutenção da impunidade. Farei o possível para colocar às claras o que aconteceu neste caso da Petrobras e qualquer caso que apareça. Vou fazer questão que a sociedade saiba de tudo. Não concordo que isso leve à crise", afirmou.
Reconciliar a Nação
"Acredito que a democracia é um dos mais importantes fatores para que um país não só possa mudar, mas o faça de forma pacífica e ordeira. Mesmo com muitas posições nestas eleições, havia um sentimento comum: a busca por um futuro melhor para o Brasil. Essa busca é a base da nossa união. Isso significa abertura, disposição para dialogar, construir pontes. Garantir a mudança. Temos que ser capazes de garantir as mudanças e reformas que o Brasil precisa e exige. Essa é a base comum entre nós. A grande palavra neste momento é o diálogo. Dialogar com as forças sociais, produtivas, do setor financeiro e com todos os clamores da população. E temos um compromisso: assegurar que tenhamos um país mais moderno, produtivo, inclusivo. É preciso dar oportunidade para todos e combater a corrupção, sem tréguas".
Reforma política
"Recebi durante a eleição um conjunto de segmentos, como CNBB, OAB, segmentos sociais e a juventude, e uma proposta de consulta popular para se fazer a reforma política. É essencial. Acredito que o Congresso vai ter sensibilidade para perceber que isso é uma onda que avança"
Corrupção e instabilidade política
"Eu não acredito em instabilidade política por se prender e condenar corruptos e corruptores. Acredito que o Brasil tem uma democracia forte. Temos que tomar uma atitude que interrompa a cultura de impunidade. Doa a quem doar temos que fazer justiça. Se alguém errou tem que ser punido. O que deve levar a instabilidade política é a manutenção da impunidade. Farei o possível para colocar às claras o que aconteceu neste caso da Petrobras e qualquer caso que apareça. Vou fazer questão que a sociedade saiba de tudo. Não concordo que isso leve à crise"
 Fonte: 247