sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Coppe: é preciso disciplinar a aplicação dos royalties nos municípios

A simples redistribuição dos royalties do petróleo entre todos os municípios e estados do país não é garantia de desenvolvimento. É preciso leis que garantam a correta aplicação dos recursos para que os resultados beneficiem toda a população, disse o diretor do Instituto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Luiz Pinguelli Rosa.
Ele considera justo distribuir os recursos entre todos, embora defenda que é preciso garantir reparações sociais e ambientais aos estados produtores. Pinguelli reconheceu que pouco está sendo debatido sobre a qualidade dos investimentos trazidos com os royalties ou a participação especial que os municípios com instalações petrolíferas têm direito a receber. Lembrou que muitos aplicaram mal os recursos.
"A crítica é correta, só que ela nada muda quanto à justiça ou à injustiça de distribuir os royalties. Porque nada indica que esses [outros] municípios vão fazer o uso correto desses recursos. Aí é uma questão de política. Seria o caso de fixar em lei no que se pode gastar o royaltie. Educação, saúde, desenvolvimento tecnológico e proteção ao meio ambiente devem ter prioridade", acrescentou o diretor.
Em muitos municípios do norte fluminense, na área da Bacia de Campos, onde se concentra a extração, o contraste é nítido. Embora o petróleo tenha garantido receitas milionárias para essas prefeituras, também provocou o inchaço das periferias, com pessoas em busca de trabalho, porém sem qualificação, o que gerou inúmeras favelas.
“Acho que tanto nos municípios dos estados produtores, quanto nos outros, isso pode ocorrer. Alguns municípios do norte fluminense usaram melhor os recursos, outros não. Faltou definição legal sobre o destino dos royalties. Ficou a critério de cada prefeitura”, disse Pinguelli.
O reitor da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), Silvério de Paiva Freitas, demonstrou preocupação com o futuro da região diante de mudanças na divisão dos recursos do petróleo. Só o município de Campos dos Goytacazes, onde está a universidade, arrecadou em 2011 cerca de R$ 1 bilhão em royalties. Segundo dados da prefeitura de Campos, com uma eventual mudança na lei, o orçamento municipal encolheria quase 60%.
“É uma preocupação muito grande para todos. Porque onde se explora o petróleo também se geram os passivos, como o do ambiente. E ainda se cria uma série de questões sociais referentes à ilusão de riqueza: muitas pessoas vêm atrás disso, mas nem todas conseguem”, explicou o reitor.
Segundo ele, o dinheiro do petróleo deve ser investido com o objetivo de preparar a sociedade para o dia em que não houver mais petróleo na região. “A partir do momento em que se corta essa expectativa, com certeza há um cenário que cria muita pressão e preocupação em toda a sociedade.”
A Uenf está na 15ª posição entre as melhores universidades do país, na avaliação do Ministério da Educação, com 3,6 mil alunos de graduação e 2 mil de pós-graduação. Se houver corte nos royalties, projetos que estavam prontos para serem iniciados em 2013 serão adiados, incluindo a expansão da Uenf para a região noroeste, considerada a mais pobre do estado.
O governo estadual informou que aplica 60% dos royalties para viabilizar o sistema de previdência. Outros 35% são investidos no Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam) e 5% são direcionados para infraestrutura. O governador do Rio, Sérgio Cabral, estima que estado e municípios podem perder, já em 2013, R$ 7 bilhões, chegando a um total de R$ 77 bilhões até 2020.
Entre as áreas que podem sofrer cortes se houver mudança drástica na atual lei, está a segurança pública, que deverá ter dificuldades para recrutar novos policiais para as unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). No setor de transporte, há previsão de prejuízo à expansão do metrô, previsto para chegar, até 2016, à Barra da Tijuca, onde ocorrerão as principais atividades das Olimpíadas de 2016.
Fonte: Agência Brasil            

Novo Maracanã: para privatizar, governo contradiz suas propostas anteriores

Na candidatura da Rio 2016, documento dizia que evento serviria para garantir legado ao esporte

O projeto do governo do estado do Rio de demolir o parque de atletismo Célio Barros e o Complexo Júlio Delamare do Complexo do Maracanã, para dar lugar a lojas, restaurantes e estacionamentos, se contradiz com o que o próprio governo escreveu na candidatura do Rio à cidade sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
Até hoje, por exemplo, o site oficial do Comitê Organizador do Rio 2016 coloca os dois complexos esportivos como locais oficiais de treinamento. Mais ainda: prevê uma reforma, entre setembro de 2014 a fevereiro de 2015, no Célio Barros.
O centro de natação Júlio Delamare foi reformado para o Pan 2007, com custo de R$ 10 milhões à época, e sediou as competições de pólo aquático. Apesar disto, minuta do edital que pretende privatizar o Estádio do Maracanã afirma que os dois complexos serão demolidos e realocados em um terreno em São Cristóvão, comprado do Exército pela prefeitura do Rio. Não estipula quem pagará a conta.
Obras no Maracanã para a Copa de 2014
Obras no Maracanã para a Copa de 2014
"Legado sustentável para o esporte"
Na época em que o Rio ainda era aspirante a sede da Olimpíada, as autoridades brasileiras afirmaram que o evento serviria para desenvolver o esporte brasileiro e aproveitaria a infraestrutura do Pan 2007.
No dossiê de candidatura do Brasil aos Jogos Olímpicos de 2016, documento público enviado em 2009 ao Comitê Olímpico Internacional (COI), assinado por Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e João Havelange, membro decano do COB, consta que a Olimpíada garantiria para o país "um legado sustentável para o esporte".
Em outro trecho do mesmo documento, assinado pelo então presidente Luiz Inácio Lula, o governador do Rio, Sérgio Cabral, o prefeito Eduardo Paes e o mesmo Nuzman, colocava-se que a candidatura Rio 2016 era "um projeto coeso e integrado, movido pelo esporte". Mais adiante, as mesmas autoridades alegaram ter aprendido muito com a "realização bem-sucedida dos jogos Pan-americanos e Parapan-americanos Rio 2007, e nos beneficiamos do legado físico desses jogos, infraestrutura e novas instalações do evento".
No documento enviado ao COI, consta também que "todos os investimentos servirão para gerar legados substanciais, tangíveis e significativos para a população do Rio e do Brasil e são alinhados com nossos planos de desenvolvimento a longo prazo".
Em momento algum, porém, previa-se a demolição dos dois complexos esportivos situados junto ao Maracanã. Ela só começa a ser aventada quando surge a proposta de entregar à iniciativa privada a exploração do novo estádio.
Qualidade que o Rio merece
Segundo informou o governo do estado, em nota ao Jornal do Brasil, o objetivo de transformar o estádio um grande centro de entretenimento fez com que o estado precisasse "contratar uma empresa com reconhecida experiência na gestão de estádios, capaz de manter o Maracanã em um alto padrão de qualidade que a população do Rio de Janeiro e seus visitantes merecem".
O comunicado também afirma que, "após estudos, o governo concluiu que não seria possível fazer a concessão antes da reforma do estádio". Ao perceber os gastos com manutenção e demais intervenções necessárias, "o estado decidiu entregar a administração do complexo à iniciativa privada, que deverá realizar uma série de investimentos (que totalizarão R$ 469 milhões)".
Ou seja, a reforma está sendo sustentada com dinheiro público para depois se entregar a administração do estádio à iniciativa privada em nome de alguns investimentos a serem feitos, tais como a modernização do ginásio do Maracanãzinho, a construção e a operação do Museu do Futebol, a instalação e a operação de estacionamentos, além da criação de uma área com bares, restaurantes e lojas, incluindo a infraestrutura de iluminação, pavimentação e drenagem. Todos, portanto, irão gerar recursos a quem o explorar, assim como o próprio Maracanã.
Pelos planos do governo, neste mês de dezembro será lançado ao edital de licitação da exploração por 35 anos do complexo do Novo Maracanã. As especulações apontam que um dos principais candidatos será a o mega empresário Eike Batista, através da empresa IMX. O mesmo Eike que sustenta projetos como o das UPPs e também emprestou avião para a viagem a lazer do governador Sérgio Cabral.
"Destruição criativa"
A construção desta área de entretenimento no Maracanã é que está provocando a demolição dos complexos esportivos, do antigo Museu do Índio e da escola municipal Friendenreich. Oficialmente, porém, o governo explica a demolição como a necessidade de criar uma área de escoamento do público que garanta a acessibilidade do público. Ideia que é contestada tecnicamente por quem lida com a questão profissionalmente.
Segundo Christopher Gaffney, professor visitante de Arquitetura da UFF e pesquisador do Maracanã desde 2004, as demandas a que se referem o governo sobre escoamento de pessoas serviria apenas para esvaziar todo o estádio em oito minutos, com todos os presentes caminhando na mesma direção.
“A própria ideia de uma arena multiuso é que as pessoas ficassem no estádio por mais tempo. Eles contradizem sua própria lógica. Esse escoamento é para esvaziar o estádio em oito minutos e caso as pessoas fossem todas na mesma direção, mas não são todos que usam o metrô e o trem”, ponderou.
Gaffney também analisou que, ao mesmo tempo, não foram feitos investimentos para ampliar a capacidade do sistema de transporte ferroviária na região, que conta com a estação Maracanã apenas. Com isso, os torcedores sairiam rapidamente do estádio, mas se afunilariam nos acessos aos transportes públicos. “Se tivessem uma lógica sólida, fariam uma reestruturação urbana mais geral. O raciocínio não faz sentido”, completou.
O professor também chamou a atenção para o fato de o Brasil ser o único país-sede da Copa do Mundo que está destruindo empreendimentos esportivos para construir empreendimentos de entretenimento. “A marca deste projeto é a falta de criatividade. A única lógica é a da destruição criativa”, disparou.

Fonte: Jornal do BrasilLuciano Pádua

Pezão defende Delta e esquece problemas que a construtora teve

Rio, cujo governador é amigo de Cavendish, dono da empresa, é o estado que mais pagou a empreiteira

Ao visitar a Favela Santa Marta, em Botafogo (Zona Sul) nesta quinta-feira, o vice-governador Luiz Fernando 'Pezão' transformou-se em advogado de defesa das muitas contratações que o governo do Rio de Janeiro fez com a construtora Delta S/A.
"Competência. A Delta sempre foi uma grande empresa, e ainda trabalha conosco no Lote 4 do Arco Metropolitano. No Rio, ela sempre entregou suas obras num custo bem mais baixo. Não vejo problema nenhum. Eles têm preço muito bom", disse o fiel escudeiro do governador Sérgio Cabral, amigo pessoal do dono da construtora, Fernando Cavendish.
O estado do Rio, conforme consta do Relatório da CPI do Cachoeira e foi divulgado pelo Jornal do Brasil, é a unidade da federação que mais dinheiro pagou à empreiteira. O faturamento dela em cinco anos e cinco meses da gestão do peemedebista atingiu 1,49 bilhão. Em 2011, foram R$ 302,8 milhões, a maior parte saiu do Departamento de Estradas de Rodagens local (DER-RJ): R$ 98,7 milhões.
"A Delta sempre foi uma grande empresa", afirmou Pezão
"A Delta sempre foi uma grande empresa", afirmou Pezão
Delta inidônea
Pezão, que foi ao Santa Marta lançar o programa 'Tudo de cor para o Rio de Janeiro", que vai colorir algumas casas da comunidade com a ajuda de uma fabricante de tintas, ao defender a empreiteira e considerar que ela tem "competência" parece ignorar sérios problemas que a Delta teve.
Em junho desta ano, o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, declarou a Delta inidônea para contratar com a Administração Pública. A decisão se baseia na conclusão do Processo Administrativo aberto na Corregedoria-Geral da União (órgão da CGU) para apurar responsabilidades da construtora em irregularidades apontadas pela Operação Mão Dupla (realizada conjuntamente pela Polícia Federal, CGU e Ministério Público, em 2010) na execução de contratos de obras rodoviárias do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
A empresa de Cavendish teria realizado obras com material de baixa qualidade e superfaturados. Em um dos contratos, ao custo de R$ 4,4 milhões, a Delta deveria recuperar 218 quilômetros da BR-242, na Bahia. Os auditores encontraram evidências de que os registros fotográficos da obra, que comprovariam o trabalho feito, foram forjados. Outros casos, também no nordeste, apontam para o uso de asfalto que "se esfarela com a água", conforme relatório da CGU.
O Tribunal de Contas da União (TCU) por sua vez, apontou irregularidades na obra citada por Pezão: o Lote 4 do Arco Metropolitano. Além dos questionamentos do TCU com relação ao Arco Metropolitano, a empresa teve gravíssimos problemas ao fazer a recuperação de trecho da BR-101, no Estado do Rio, que consumiu R$ 2,3 milhões, e foi feito com asfalto de baixíssima qualidade.
Coincidência
Em 2010, a empreiteira de Fernando Cavendish doou R$ 1,15 milhão para o diretório nacional do PMDB, de Sérgio Cabral, e R$ 850 mil para o diretório nacional do PT, totalizando R$ 2,3 milhões.
Fonte: Jornal do BrasilCaio de Menezes

Dilma veta mudanças na divisão da renda do petróleo sobre royalties

Depois de sinalizar publicamente a intenção de "respeito a contratos" na análise da lei de divisão dos royalties do petróleo, a presidente Dilma decidiu ontem vetar o artigo do projeto aprovado na Câmara dos Deputados que muda as regras de distribuição desses tributos referentes a campos em exploração.
Com o veto, fica mantida a legislação atual que destina a maior parcela dos royalties dos campos em exploração aos Estados e municípios produtores, como defendiam o Rio e o Espírito Santo.
Pela regra atual, os grandes Estados produtores, por exemplo, ficam com 26,25% dos royalties. Os não produtores recebem apenas 1,76%.
Governo do RJ diz que não aceita quebra de contratos
Dilma defende uso 'responsável' dos recursos dos royalties do petróleo
Manifestantes entram em confronto durante ato 'Veta, Dilma' no Rio
Com isso, saem derrotados os Estados e municípios não produtores, responsáveis pela aprovação do projeto no Congresso que mudava essa divisão da receita. O texto reduzia a parcela dos Estados produtores para 20%.
Quanto às regras de exploração dos futuros campos de petróleo do pré-sal, o governo decidiu manter o que foi aprovado no Congresso. O texto fixa em 15% a alíquota dos royalties no modelo de partilha de produção e define a distribuição desses recursos de forma mais igualitária entre todos os Estados e municípios.
Nesta divisão, os Estados produtores devem ficar com 22% da receita de royalties a ser gerada na exploração dos campos que ainda serão licitados na área do pré-sal. Já os Estados e municípios produtores ficariam com uma parcela maior, de 51%.
O Palácio do Planalto analisava ainda incluir numa medida provisória mudanças na divisão de royalties de futuros campos de petróleo que ainda serão explorados pelo sistema de concessão (fora da região do pré-sal).
Nesta MP, o governo deve incluir dispositivo destinando toda receita dos royalties (União, Estados e municípios) para educação. Com isso, a presidente Dilma quer viabilizar a proposta de investir no setor 10% do PIB (Produto Interno Bruto).
Durante a reunião em que discutiu o assunto, a presidente Dilma voltou a insistir que sua decisão evitaria quebrar contratos e respeitaria o direito adquirido dos Estados e municípios produtores.
Ou seja, seguindo a linha defendida pelo governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ), ela optou por não fazer qualquer alteração na legislação atual que destina mais recursos para as regiões produtoras, mas nos campos já licitados.
No caso dos futuros campos, ainda a serem leiloados, Dilma entendeu que a regra da distribuição dos royalties pode ser alterada. Por isso, optou por manter a proposta aprovada na Câmara.
Com a sanção do projeto, o governo vai fazer os primeiros leilões, no segundo semestre do próximo ano, de áreas de exploração de petróleo do pré-sal com base no novo modelo de partilha de produção.
Deputados e senadores de Estados não produtores vão tentar derrubar os vetos. Caso isso ocorra, o governador Sérgio Cabral já avisou que recorrerá ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Editoria de Arte/Folhapress

Fonte: Folha deS. Paulo

'Thriller' completa 30 anos; confira 10 curiosidades sobre o álbum

Disco mais vendido de todos os tempos, 'Thriller' emplacou sete singles nas paradas e transformou Michael Jackson em uma lenda


Capa do álbum 'Thriller'  - Reprodução
Reprodução
Capa do álbum 'Thriller'

Produzido durante seis meses em 1982 e lançado em 30 de novembro daquele ano, Thriller tem apenas nove canções, mas sete delas foram lançadas como singles e chegaram ao top 10 da parada norte-americana: The Girl Is Mine (com Paul McCartney, nº 2 na Billboard), Billie Jean (nº 1), Beat It (nº 1), Wanna Be Startin' Something (nº 5), Human Nature (nº 7), P.Y.T. (nº 10) e Thriller (nº 4).

Álbum mais vendido no mundo (mais de 70 milhões de cópias), Thriller foi a segunda parceira de Michael com o produtor Quincy Jones (eles trabalharam juntos no bem-sucedido Off The Wall, de 1979).

Na edição do Grammy de 1984, o álbum rendeu ao popstar oito prêmios: álbum do ano, gravação do ano (Beat It), melhor performance vocal masculina (Thriller), melhor arranjo, melhor performance vocal masculina de R&B (Billie Jean), melhor canção de R&B (Billie Jean), melhor performance masculina de rock (Beat It) e melhor vídeo musical em formato longo (Thriller).

O álbum acabou virando espetáculo musical, e Thriller Live Brasil chega aos palcos do País no início de 2013. Confira mais dez curiosidades sobre esse clássico que ajudou Michael Jackson a se tornar o Rei do Pop e uma lenda:

1. Michael Jackson escreveu quatro das nove canções do álbum: Wanna Be Starting Something, Thr Girl Is Mine, Beat It e Billie Jean.



2. O vídeo de Beat It, que custou US$ 150 mil (cerca de R$ 313 mil), foi dirigido por Bob Giraldi. O tema da briga entre gangues rivais - presente no vídeo - retornou em um longa-metragem dirigido por Giraldi em 2000, Uma Receita para a Máfia.

3. Quando as canções ficaram prontas, tanto Jackson quanto Jones ficaram descontentes com o resultado e as remixaram novamente.


4. Se dependesse de Quincy Jones, Billie Jean não entraria no álbum. O produtor não achava-a suficientemente forte para ser lançada.

5. Os primeiros nomes que Michael pensou para a faixa-título Thriller foram Starlight e Midnight Man.

6. Vincent Price, célebre por filmes e seriados de terror, é quem declama os últimos versos de Thriller.

Fonte: Marcio Claesen - estadão.com.br

Surface Pro, da Microsoft, chega em janeiro quase 30% mais caro que iPad

Tablet é a versão mais avançada da linha anunciada pela companhia do Windows

Tablet vem com processador Intel Core i5
Foto: Divulgação
Tablet vem com processador Intel Core i5Divulgação

RIO — O Suface Pro, modelo mais avançado da linha de tablet que a Microsoft anunciou, chegará às lojas americanas em janeiro custando US$ 200 mais que o iPad, seu principal rival.
A companhia anunciou nesta sexta-feira que o preço do aparelho com 64 GB de memória será de US$ 899. Um iPad com a mesma capacidade e conectividade apenas Wi-Fi — o Surface Pro não suporta 3G — sai por US$ 699. O tablet da Microsoft com 128 GB sairá por US$ 999, o mesmo que o modelo mais barato do Macbook Air, laptop da Apple. (64 GB é a capacidade máxima do iPad).
O Surface Pro é mais poderoso que o Surface RT, tablet lançado em outubro pela companhia. Ele vem com uma versão completa do Windows 8, sendo capaz de acessar todos os aplicativos que rodam em um desktop ou laptop com o novo sistema operacional. O Surface RT, por sua vez, roda uma versão reduzida, o Windows RT.
O Pro também é equipado com processador Intel Core i5 (usado em desktops e laptops), enquanto o RT tem chip ARM (onipresente em smartphones e tablets). Esse componente é um dos motivos para o preço mais alto. Segundo o jornal “Wall Street Journal”, os processadores Intel para PC custam entre US$ 177 e US$ 225, enquanto os baseados na arquitetura ARM (fabricados por empresas como Nvidia) sai por apenas US$ 28.
A Microsoft desenvolveu o Surface Pro visando ao mercado corporativo, por isso acredita que o preço equivalente ao de um ultrabook de última geração não é problema. O Surface RT, voltado para o consumidor médio, tem preço inicial de US$ 499, o mesmo do iPad.
Mas os usuários de ambos os tablets provavelmente gastarão mais US$ 120 comprando uma capa aderente que funciona como teclado, já que é o componente da linha da Microsoft que parece ter tido mais apelo junto ao público. Os donos de iPads também costumam comprar uma capa separadamente, mas ela costuma custar cerca de US$ 30 — o acessório não possui, porém, a funcionalidade de teclado.
As datas de lançamento dos tablets Surface aqui no Brasil ainda foram divulgadas.

Fonte: O Globo

Grande São Paulo tem nove mortos na madrugada

Um dos casos registrados foi uma chacina na Freguesia do Ó
SÃO PAULO - Pelo menos nove pessoas foram mortas em São Paulo entre a noite desta quinta e a madrugada desta sexta-feira em São Paulo e região metropolitana. Uma chacina foi registrada na Zona Norte e um casal foi assassinado em uma tentativa de assalto na Avenida dos Bandeirantes, na Zona Sul.
Na Freguesia do Ó, ao menos seis pessoas foram baleadas em um bar na Estrada do Sabão, no Jardim Maristela, por volta de 0h30 desta sexta. Dois homens chegaram ao bar em uma motocicleta. Um desceu e fez os disparos. Quatro pessoas morreram e duas ficaram feridas em estado grave. Uma senhora de 46 anos que tinha parado no bar para cumprimentar um vizinho está entre os feridos. Nenhum suspeito foi preso.
Essa é a terceira chacina registrada na Grande São Paulo em menos de uma semana. No último domingo, quatro pessoas foram mortas em Osasco. No sábado, outras três vítimas em Diadema.
No Campo Belo, na Zona Sul da capital, um casal foi morto a tiros, na frente das filhas, em uma tentativa de assalto na Avenida dos Bandeirantes, na noite de quinta-feira. As vítimas estavam em uma motocicleta quando foram abordadas por dois homens em outra moto na altura da Rua Ribeiro do Vale. As filhas do primeiro casamento da mulher viajavam de carro, atrás do casal, e viram o crime.
Também foram registrada mortes na Cidade Tiradentes, em Barueri e em Mauá.

Fonte: O Globo

FH afirma que Lula confunde o público com o privado

Uma coisa é o governo, outra coisa é a família, a confusão leva à corrupção’


O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
Foto: Marcos Alves - 28/03/2012
"Uma coisa é o governo, outra coisa é a família, a confusão leva à corrupção’


SÃO PAULO - No momento em que a ex-secretária do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é investigada por tráfico de influências, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou seu sucessor no Palácio do Planalto e acusou o PT de confundir o público com o privado.


Em palestra realizada na capital paulista, FH avaliou que o erro do PT foi imaginar que, para mudar o país, era necessário “ocupar o Estado”.
— A confusão entre o público e o privado, nós não podemos aceitar. Esse é pilar fundamental da crença do PSDB. Uma coisa é o governo, outra coisa é a família. A confusão entre o interesse de família e o interesse público leva à corrupção, um cupim da democracia — criticou ele.
Perguntado se estava se referindo à Operação Porto Seguro, respondeu negativamente:
— Não, é geral. Não gosto de entrar em detalhes e não sou da investigação, mas é geral, não dá certo. O maior problema do Brasil, tradicionalmente na nossa cultura política, é o clientelismo e o patrimonialismo, confusão do público com o privado. Isso vem de sempre, desde o império, a colônia, mas tem de acabar.
A ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo Rosemary Noronha, que acompanhou Lula em várias viagens oficiais, é apontada pela PF como integrante de um esquema que levava empresas a obterem vantagens em órgãos federais. Rosemary também usou sua influência para obter cargos em empresas públicas para sua filha e até para o ex-marido.
— O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda ontem, em vez de explicar as relações confusas que foram estabelecidas em seu governo e que deram em corrupção, citou de novo que tirou milhões da pobreza. Tirou, porque nós (do PSDB) mudamos o Brasil — afirmou o dirigente tucano.
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS) não vê problemas no fato de Rosemary ter acompanhado Lula em viagens oficiais:
— É natural, ela era chefe de gabinete, secretária, trabalhava com o presidente Lula. Eu mesmo tenho uma secretária que trabalha comigo há 20 anos. Quando tem que viajar ou fazer alguma atividade que seja de interesse da atividade ou do mandato, ela faz.
Maia considerou estranho Fernando Henrique ter se referido a conflito de interesses entre o público e o familiar:
— É uma declaração, se é que ele a fez mesmo, absurda e despropositada. O que está se trabalhando é a relação de pessoas que tinham vínculo com o poder público e se utilizaram desse vínculo com ações que não são do interesse público. Não se trata de falar de relações pessoais e familiares, não entendi essas declarações do presidente Fernando Henrique.

Fonte: O Globo

Setor de serviços corre risco de sofrer apagão de mão de obra

Especialistas dizem que capacitação profissional não atende às necessidades do mercado

RIO - Um dos estados que mais cresce no país e palco da final da Copa de 2014 e das Olimpíadas 2016, o Rio de Janeiro precisa investir em treinamento profissional se não quiser sofrer as consequências de um apagão de mão de obra no setor de serviços nos próximos anos. O alerta é do professor Lívio Giosa, autor do livro "O Brasil profissional: a hora e a vez da competência".
— A situação é ainda mais preocupante do que na indústria — afirma o especialista, que falará sobre o assunto nesta sexta-feira, durante o II Congresso Nacional de Terceirização e Gestão de Serviços (Conterge), na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.
Giosa explica que o setor de serviços demanda uma mão de obra diversa, com vários tipos de especializações, mas, devido à baixa qualidade do ensino de base no Brasil, a capacitação profissional não corresponde às necessidades do mercado. Enquanto na indústria boa parte dos investimentos é destinada à tecnologia, no setor de serviços, o gasto com mão de obra chega a 70% da receita, mas nem sempre os profissionais são capazes de atender à demanda do mercado. E lembra que, neste segmento, a composição de atividades se baseia em pessoas. Para se ter uma ideia, diz, uma grande empresa de serviços tem cerca mil funcionários:
— O Rio de Janeiro e o Nordeste estão se desenvolvendo muito mais rapidamente do que o restante do país. Nos próximos anos, o Rio receberá eventos internacionais, por isso, as empresas precisam investir em treinamento para que sejam bem vistas pelos turistas. Tudo isso para que não se repita o que ocorreu com Atenas, que recebeu os Jogos Olímpicos de 2004 e não reverteu os investimentos feitos em benefício próprio. É imprescindível que se tome providências em relação à infraestrutura e ao atendimento.
Outro problema que o setor enfrenta é escassez de profissionais fluentes em outros idiomas, principalmente o inglês. Segundo Adalberto Santos, diretor de empresas de RH e Trabalho Temporário da Associação de Empresas Prestadoras de Serviços do Estado do Rio de Janeiro (Aeps-RJ), é importantíssimo que quem trabalha com público tenha o domínio de um segundo idioma, especialmente diante da realização desses eventos internacionais no estado.
Segundo Adalberto, as profissões mais requisitadas neste cenário de crescimento econômico do estado e, especialmente, antes e durante os eventos internacionais — e que enfrentam maior risco de apagão de mão de obra — são justamente aquelas ligadas a atendimento ao cliente de uma forma em geral, como hotelaria, vendas e atendimento em bares e restaurantes:
— Mas é na área de vendas que se escuta mais reclamações de falta de mão de obra especializada. Vender é uma arte e, para isso, não basta saber falar uma segunda língua. Tem que saber se comunicar. E quem mais perde com um mau atendimento no comércio é o próprio empreendedor.
Adalberto lembra que o salário de um vendedor pode chegar a R$ 1,5 mil ou mais, dependendo do desempenho. Já quem trabalha com atendimento em lojas e restaurantes ganha entre R$ 800 e R$ 1,3 mil. As remunerações, no entanto, podem ficar maiores conforme o profissional vai se aperfeiçoando.
— Para o empregador, é imprescindível investir em treinamento e, assim, manter o alto nível de atendimento. Mas, tendo em vista os eventos que o Rio de Janeiro receberá nos próximos anos, seria interessante mesmo a criação de cursos voltados para o atendimento ao público na área técnica — ressalta Adalberto.
Segundo ele, aqueles que querem entrar para este mercado precisam, antes de mais nada, se qualificar, através de cursos específicos e técnicos, dominar um outro idioma, no mínimo o inglês, e analisar este momento não como passageiro, mas sim como uma chance de aprimoramento e formação de carreira.
— Quem trabalha na área de serviços deve perceber que não exerce uma função passageira, mas que pode evoluir e construir uma carreira de sucesso no setor — afirma o diretor da Aeps-RJ, lembrando que o setor de serviços é o que mais gera empregos, seguido por comércio.
Alguns números do setor:
Terceirização - No Brasil, 32,5 mil empresas atuantes nos segmentos de prestação de serviços especializados geram empregos diretos e indiretos e contribuem para reduzir a informalidade. Estima-se que, atualmente, 10 milhões de trabalhadores sejam terceirizados, ou seja, contratados por uma empresa que presta serviço para outra ou para o estado.
Empregos - O setor de Serviços é o que mais gera empregos formais no país (15,3 milhões de trabalhadores, ante o total de 46,3 milhões formais). Em segundo lugar vem comércio, com um total de 8,8 milhões de trabalhadores empregados.
Crescimento - Entre 2010 e 2011, o setor de serviços foi o que apresentou mais crescimento absoluto, trazendo para o mercado formal de trabalho (com carteira assinada) 1 milhão de novos trabalhadores. (Dados da Rais)

Fonte: O Globo

Gelo da Groenlândia e Antártica derrete cada vez mais depressa

Estudo revisa estimativas e revela contribuição para alta no nível do mar


Água do derretimento corre em geleira na Groenlândia: forte evidência do aquecimento global
Foto: AP/Ian Joughin

Água do derretimento corre em geleira na Groenlândia: forte evidência do aquecimento globalAP/Ian Joughin
RIO - As geleiras da Antártica e da Groenlândia, as maiores do mundo, estão derretendo cada vez mais rapidamente, respondendo por um quinto da elevação do nível dos oceanos registrada nos últimos 20 anos. A conclusão é de revisão de mais de 30 estudos realizados desde 1989 com base em dados de dez satélites, que muitas vezes produziram estimativas divergentes sobre o fenômeno, diretamente ligado ao aquecimento global. Desde que as missões espaciais começaram a observar as alterações nas calotas polares, os estudos apontaram perdas de até 676 bilhões de toneladas de gelo anuais, enquanto alguns chegaram a afirmar que as geleiras da Antártica estariam até aumentando de tamanho.
Segundo a nova análise, que reuniu 47 cientistas de 26 laboratórios espalhados pelo planeta, atualmente apenas Antártica e Groenlândia perdem 344 bilhões de toneladas de gelo glacial por ano, um ritmo três vezes maior do que o de 1990. Toda essa água contribui para uma elevação anual de 0,95 milímetro dos oceanos. Em média, desde 1992 o derretimento das coberturas de gelo nos dois locais levou a uma alta anual de 0,59 milímetro do nível do mar na também média anual de cerca de 3 milímetros observada nestes 20 anos. O restante da elevação é devido principalmente à expansão da água causada pelo aumento da temperatura dos oceanos.
— Nossas novas estimativas da perda de gelo são as mais confiáveis até agora e dão a mais clara evidência do seu derretimento — afirmou Andrew Shepherd, da Universidade de Leeds e um dos líderes do esforço para conciliar os números. — Elas também põem fim a 20 anos de incertezas sobre as mudanças nas massas de gelo da Antártica e Groenlândia e têm o objetivo de se tornarem o dado padrão para os cientistas climáticos daqui para frente.
A revisão, publicada na revista “Science”, soma-se a outro estudo divulgado na 18ª Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas (COP-18), que é realizada em Doha, no Qatar, indicando que o derretimento da chamada permafrost, capa de gelo permanente que cobre cerca de um quarto do Hemisfério Norte, vai liberar enormes depósitos de carbono que passaram milhares de anos presos no solo, agravando ainda mais o aquecimento global. Segundo os cientistas, o ritmo de derretimento da permafrost também está aumentando, em um processo que se autoalimenta: quanto mais este gelo derrete, mais gases-estufa como metano e CO2 são lançados na atmosfera e mais quente fica o planeta, o que derrete mais gelo e assim em diante.
— O potencial impacto disso no clima foi negligenciado por muito tempo — comentou Achim Steiner, diretor do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

Fonte: O Globo

Madonna chega ao Rio com o maior show já produzido para um artista solo

Aos 54 anos e 30 de estrada, popstar se mantém como a maior referência na indústria da música pop
RIO - Aos 54 anos de idade e 30 de carreira, Madonna não quer saber da tão famosa “zona de conforto”. Em vez de desfrutar da fortuna amealhada com os mais de 300 milhões de discos já vendidos ao longo das três décadas, a popstar que deu origem à série de duplicatas que habitam as paradas atuais decidiu que vai morrer outro dia. Entre todas as atividades a que se dedica, como sociedades em empresas que nada têm a ver com música, e o pé na indústria do cinema (agora como diretora e produtora), Madonna ainda encontrou tempo para idealizar e liderar o show “MDNA”, megaespetáculo pop que o público carioca poderá conferir neste domingo, no difícil, distante e complicado espaço do Parque dos Atletas, na Barra.
“MDNA” é a nona turnê mundial de Madonna e leva ao palco a historinha contada no homônimo 12º álbum da estrela, lançado em março deste ano. Não sem uma boa polêmica, é claro. Enquanto o leitor ingênuo entendeu que as letras do título do álbum se referiam às iniciais do pseudônimo de Marie Louise Ciccone, o público afeito às pistas de dança foi rápido em associar a sigla ao princípio da droga ecstasy, descrito quimicamente como MDMA (metilenodioximetanfetamina). Pronto. Estava armada a primeira controvérsia da loura. Este ano.
Madonna sempre soube atrelar à sua expressão artística aquela calculada dose de polêmica, combustível responsável por boa parcela da sua longevidade pop. A experiência como adolescente integrante de um grupo de teatro nos tempos da escola em Detroit (EUA) e no papel da dançarina que corria de teste em teste para disputar espaço nos musicais da Broadway, no início dos anos 80, lhe ensinou que extrapolar os limites do que se costuma considerar “normal” pode ser alvo fácil de preconceitos de toda a sorte. Com os excluídos na mira, uma fita cassete na mão e a vontade de “dominar o mundo”, como ela mesma disse à MTV americana em 1984, Madonna, então uma desconhecida, percorria clubes noturnos de Nova York pedindo a DJs para tocar “a sua música”. Numa dessas, a sorte lhe deu aquele sorriso maroto. O DJ Mark Kamins se entusiasmou com a resposta da pista a “Everybody”, gravada num estúdio independente, e apresentou Madonna ao presidente da gravadora Sire Records. Eles se deram bem, e, pouco depois, o single “Everybody” seria lançado mundialmente.
Devidamente abençoado pelas paradas e pelas pistas, o compacto simples abriu caminho para o álbum “Madonna”, em 1983. Era o primeiro LP da artista que, décadas mais tarde, seria aclamada por crítica especializada, pares artísticos e público como “a rainha do pop”, com números de vendas e catálogo de hits que a posicionam na categoria de ícones como Elvis Presley e Michael Jackson, ou seja, na mais alta casta da indústria da música comercial. A diferença é que ela sobreviveu ao preço pago pela fama e pela riqueza e ainda não descansou no aconchegante território do show sem riscos.
Megashow
“MDNA” é grandioso, feérico, o maior show já produzido para um artista solo. É como se ela tivesse decidido dar um passo à frente das neodivas que trafegam pela estrada que já desbravou. O show no estilo “ópera pop” (formato criado por ela nos anos 90, certamente para encobrir suas deficiências vocais) mostra a trajetória de uma personagem que pede perdão a Deus por “seus pecados” antes de embarcar numa viagem sangrenta, violenta, pesada. Uma “descida ao inferno”, como ela definiu nas entrevistas que concedeu à imprensa internacional.
Pense nas “vixens” do cineasta Russ Meyer (as poderosas fora-da-lei de “Faster Pussycat, kill kill”, por exemplo) e na violência dos filmes de Quentin Tarantino, e você terá acertado na mosca as referências de “MDNA”. Espere uma abertura vigorosa em “Girl gone wild”, logo após os cantos gregorianos do trio francês de música basca Kalakan, convidado especial da turnê. Em “Bang bang”, um motel de beira de estrada é o cenário para coreografias de luta que já deixaram a popstar com hematomas no rosto, no início da turnê, em maio.
Depois de um primeiro bloco barra-pesada, tudo clareia para o segmento “líder de torcida”, em que Madonna debocha do pop “bubble-gum” contemporâneo. Tira onda em “Give me your luvin’” dizendo que “...todos os discos soam iguais/ você precisa entrar no meu mundo”. Entre percussionistas que flutuam e dançarinas frenéticas, preste atenção nos monstrinhos projetados no telão, no mash-up de “Express yourself” com “Born this way” (faixa de Lady Gaga descrita como plágio da música de 1991), arrematado com “She’s not me”, refrão da canção de 2008 em que Madonna se dizia surpresa ao conhecer uma moça que começa a “ler seus livros, roubar seus ‘looks’ e usar sua lingerie”. Premonição?
O bloco que começa com “Vogue” mostra o momento “vou pegar geral” da historinha contada por Madonna em “MDNA”. A entrada triunfal com todos os elementos fashion que a música evoca — como a releitura do espartilho de Jean Paul Gaultier (na foto aqui ao lado esquerdo), feita pelo próprio — cede lugar à desconstrução do personagem que se joga em um bordel, em “Candy shop”. Ela vai se despindo aos poucos para culminar com uma versão triste e lenta de “Like a virgin”, acompanhada apenas por um piano.
Na temporada americana, Madonna incluiu neste segmento a faixa “Love spent”, que carrega o verso “Me abrace do mesmo jeito que você abraça meu dinheiro” (”Hold me like you hold my money”), cantado para o bailarino que divide com a loura a bela, porém desconcertante, cena que tem a popstar de roupas íntimas, imperfeições do corpo à mostra, cabelo desarrumado e maquiagem borrada. Ah, sim: neste momento, Madonna pede que as pessoas joguem gorjetas no palco. Ela cata todo o dinheirinho arremessado. Com gosto.
Enquanto isso, fora do palco...
Aliás, Madonna nunca foi de deixar dinheirinho algum dando sopa por aí. Se o pulso forte na parte artística da sua carreira sempre se manifestou por meio do perfeccionismo dos shows milimetricamente planejados (em tempo: os espetáculos de Madonna não têm bis, ela defende que entrega uma “obra músico-teatral com começo, meio e fim”), a porção empresária também sempre esteve presente. Além de controlar como poucos artistas os direitos de suas músicas, Madonna mais recentemente se associou a parceiros na Rússia, no México e na Austrália para abrir a rede de academias Hard Candy Fitness; autorizou o uso de suas marcas em dois perfumes; apostou alto ao comprar parte da marca Vita Coco, de água de coco, e começa a se aventurar na produção executiva de cinema ao lado do seu empresário Guy Oseary (que é um dos produtores executivos da saga “Crepúsculo”), além de, claro, dirigir filmes como o fracasso de bilheteria “W.E. - O romance do século”. Apesar do fiasco, ela conseguiu sair com o Globo de Ouro de Melhor Canção Original, por “Masterpiece”. No show que você verá no domingo, Madonna canta a faixa na parte acústica do espetáculo, quando ela também conversa com o público e entoa uma versão sincopada de “Open your heart” e (tomara) “Holiday”, ao lado do filho Rocco Ritchie. O pré-adolescente de 12 anos e os outros três filhos de Madonna (Lourdes Maria, 16; Mercy James, 6; e David Banda, 7) a acompanham na turnê mundial e são educados por professores particulares e babás.
A produtora Live Nation, responsável mundial pela turnê de Madonna, ainda tem contrato com a diva para o lançamento de dois álbuns e duas turnês. Se ela seguir o exemplo de predecessoras pop como Tina Turner e Cher, que atravessaram os 60 anos de idade encarando a estrada, ainda veremos Madonna aprontando bastante por aí. Mas o que será, afinal, que ela tem na manga para os anos vindouros?
Há quem jure que o cinema será o caminho de Madonna. Mas não como atriz. Depois de filmes como “Evita” (1996), “Sobrou pra você” (2000) e “Destino insólito” (2002), ela teria desistido de atuar. A experiência como diretora de “W.E.”, no entanto, teria sido mais recompensadora, apesar do achincalhe mundial da crítica. Há quem aposte numa temporada “de luxe” com ingressos a preços estratosféricos, para endinheirados, em lugares pequenos. A verdade é que, ao longo de três décadas, Madonna ensinou ao mundo que ela pode tirar uma grande ideia da cartola a qualquer momento. A conferir. A única certeza, no entanto, é que Lourdes Maria já tem 16 anos, vai morar sozinha e... sabe como é... qualquer dia desses ela começa a namorar e chega em casa cantando “mamma, don’t preach”.

Fonte: O Globo

Manifestação trava acesso ao Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim

Protesto na Av. Vinte de Janeiro causa problemas em toda a Estrada do Galeão, em ambos os sentidos. Motoristas devem evitar a região

Cerca de 50 anifestantes fecharam a via em diferentes pontos Foto: Márcia Foletto / O GLOBO
Cerca de 50 anifestantes fecharam a via em diferentes pontosMárcia Foletto / O GLOBO
RIO - Os motoristas enfrentam trânsito complicado em vários pontos do Rio na manhã desta sexta-feira. Quem está na Ilha do Governador encontra problemas tanto para sair da região quanto para chegar ao Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim. Manifestantes protestam na Avenida Vinte de Janeiro desde as 6h30m. No momento, eles estão nas proximidades do aeroporto. Apenas uma faixa da via está liberada, e tanto a via quanto a Estrada do Galeão têm trânsito muito lento. Apenas um carro passa por vez no local. Por volta das 6h30m, a manifestação começou ocupando uma pista da avenida, sentido aeroporto, perto da entrada do Galeão. Às 7h30m, os manifestantes passaram a ocupar o acesso da Estrada do Galeão para a avenida e por volta das 9h30, retornaram às proximidades do aeroporto. Muitos motoristas atravessam o canteiro central alguns metros antes da interdição para entrar na contramão e retornar a via após o protesto. Carros enguiçados no trecho pioram o tráfego na via.
Cerca de 50 manifestantes estão no local. As primeiras informações são de que seriam funcionários da Webjet, empresa fechada pela Gol na última semana, com a demissão de 850 funcionários.
Na Zona Oeste, está fechado o retorno da Avenida Ayrton Senna para quem segue no sentido Linha Amarela, altura do hospital Lourenço Jorge, devido a um sinal quebrado. Equipes da Rioluz e da CET-Rio estão no local. Os motoristas devem seguir até o fim da via para retornar.
Já quem segue de Niterói para o Rio encontra fluxo congestionado na Rodovia Niterói-Manilha. Uma sucessão de carros enguiçados deixa o trânsito complicado no sentido Niterói para quem segue pela via desde por volta das 6h. Às 6h30m, um ônibus e um táxi colidiram na altura do Gradim. Não há informações sobre feridos, mas o congestionamento desde Niterói já tem sete quilômetros. Quem chega à Ponte Rio-Niterói vindo de Niterói encontra trânsito lento na Alameda São Boaventura: um motociclista caiu na rampa de acesso por volta das 7h. Na Ponte Rio-Niterói em si, o tráfego é intenso no sentido Rio até as saídas para a Avenida Brasil, a Rodoviária Novo Rio e para o Elevado da Perimetral, que tem trânsito intenso para o aterro.
O trânsito de saída da Barra da Tijuca é lento. As avenida Ministro Ivan Lins e Armando Lombardi tem fluxo pesado nesta manhã, assim como a Ponte da Joatinga e a Lagoa-Barra a partir da Rocinha. A opção é seguir pela Estrada do Joá, e depois pela Avenida Niemeyer, mesmo com trânsito intenso em ambas as vias.

Fonte: O Globo

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Mulher mostra implante de silicone no glúteo que vira do avesso

Em vídeo, mulher gira um dos implantes mostrando que ele está totalmente solto Foto: Reprodução
Em vídeo, mulher gira um dos implantes mostrando que ele está totalmente solto
Foto: Reprodução
 
 
Uma mulher postou um vídeo no Youtube mostrando o defeito de sua prótese de silicone colocada no bumbum, que "virou do avesso". Nas imagens, ela gira um dos implantes mostrando que ele está totalmente solto e pode deixar a região reta com o que seria a parte inferior da peça.
Mulher se arrepende após gastar R$ 30 mil com silicone no bumbum
No vídeo, a mulher não identificada o manipula e diz que "nenhum implante deveria fazer isso". Segundo o jornal Daily Mail, é difícil dizer se o vídeo é autêntico e também não foi possível dizer em qual clínica a mulher fez o atendimento.
Mas Adrian Richards, um cirurgião plástico da Aurora Clinics, no Reino Unido, acredita que o vídeo é verdadeiro. Ele disse que o problema ocorre quando o implante não é colocado com firmeza suficiente em uma bolsa que o cirurgião deve criar entre a nádega e o osso pélvico, ou na parte superior do glúteo.
"É uma complicação que é relativamente comum após implantes do tipo. Isso realmente não deve acontecer porque a bolsa deve ser criada para que o implante fique onde está", disse, acrescentando que o acontecido não deve ser doloroso, mas que provavelmente precisará ser removido.
Nos últimos anos, especialistas em cirurgia plástica alertam mulheres sobre risco de operações em clínicas que não têm permissão para isso. Segundo o jornal, na manhã desta quinta-feira (29), 278 pessoas curtiram o vídeo no Facebook e quase 20 mil compartilharam.

Fonte: Terra

Brasil Carinhoso vai beneficiar famílias com filhos até 15 anos

Brasília - A presidenta Dilma Rousseff divulga hoje (29) a ampliação do Brasil Carinhoso que passa a atender aos beneficiários do Bolsa Família com pelo menos um filho até 15 anos. Lançado em 2012, o Brasil Carinhoso era voltado a família com filhos até 6 anos.

A estimativa do governo é que o Brasil Carinhoso tenha retirado 9,1 milhões de pessoas da extrema pobreza até novembro 2012. Com a ampliação, a expectativa é que mais 7,3 milhões de pessoas superem a miséria, sendo 2,9 milhões da faixa etária de 7 a 15 anos.

Com a inclusão das famílias com filhos até 15 anos, o benefício médio pago pelo Bolsa Família aos beneficiados do Brasil Carinhoso chegue a R$ 235 mensais. A expansão do Brasil Carinhoso representa um custo adicional de R$ 1,74 bilhão ao Programa Bolsa Família que tem orçamento de R$ 23 bilhões previsto para 2013.

A ação Brasil Carinhoso integra o Plano Brasil sem Miséria e inclui ações de saúde, educação e transferência de renda às famílias extremamente pobres de forma que todos os integrantes superem o patamar de renda de R$ 70 mensais.

Fonte: Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Felipão e Parreira dizem que se sentem jovens e rejuvenescidos no retorno à seleção

Na apresentação da nova comissão técnica da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, 64, e Carlos Alberto Parreira, 69, elogiaram um ao outro e agradeceram à confiança ao serem chamados para comandar a equipe nacional a partir de agora.
Parreira, campeão do mundo como técnico em 1994, e Felipão, comandante do penta em 2002, também concordaram ao afirmar que se sentem "jovens" e "rejuvenescidos" no retorno à seleção.
"Não penso que possa existir mais dificuldade agora [em 2012 do que em 2002], me sinto muito mais motivado, mais jovem, em condições. As dificuldades são parecidas, apenas a sequência do trabalho vai mostrar o caminho que vamos seguir para chegar ao mesmo título que conseguimos em 2002", disse Felipão, em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, no Rio. "Não me sinto pressionado no momento", completou.
"É um recomeço. É continuação. Minha quinta Copa pelo Brasil, é um privilégio, me sinto como um garoto, rejuvenescido, interessado. Seleção brasileira faz bem, esse desafio é maravilhoso", afirmou Parreira, ao lado de Felipão e do presidente da CBF, José Maria Marin.
"Quero reviver [com Felipão] uma dobradinha que deu certo em duas Copas do Mundo [1994 e 1998] com o Zagallo. Estamos aqui para auxiliar e dar todo apoio a ele [Felipão], ele é a figura principal. O objetivo é fazer do Brasil campeão do mundo, não passa pela cabeça não ganhar essa Copa em casa. Hoje não somos favoritos, mas em um ano e meio vamos ser os favoritos", afirmou Parreira, que agora terá o cargo de coordenador da seleção, como Zagallo foi o dele nos Mundiais anteriores.

Fonte: Folha de S. Paulo

CBF: os seis dias de caos no comando do futebol brasileiro

Como Marin trocou Mano por Felipão - apesar dos desencontros e reviravoltas

José Maria Marin, novo presidente da CBF, durante coletiva no Rio de Janeiro
Marin: disputa com Andrés, fritura lenta de Mano e confirmação de Felipão (Ricardo Moraes/Reuters)
Para fechar com Felipão, Marin aceitou ceder autonomia total ao técnico, que ficará à vontade para indicar seus auxiliares. Eles deverão ser velhos conhecidos, como o assistente Murtosa e o preparador de goleiros Carlos Pracidelli
A troca de Mano Menezes por Luiz Felipe Scolari no comando da seleção brasileira de futebol começou a se desenhar há pouco mais de oito meses, em 12 de março de 2012, quando Ricardo Teixeira renunciou à presidência da CBF e abriu caminho para que José Maria Marin assumisse a função. Marin, que sucedeu Teixeira porque era o vice-presidente de maior idade entre os cinco ocupantes desse cargo (cada um representa uma região do país), tinha uma dívida de gratidão com outro cartola: Marco Polo Del Nero, o presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), responsável por sua indicação. E Del Nero, torcedor e dirigente muito ligado ao Palmeiras, já pretendia desde aquele momento trocar Mano por Felipão. Se nesses oito meses o processo transcorreu muito lentamente, nos últimos seis dias ele se resolveu de maneira repentina e inesperada - e em meio a reviravoltas e desencontros que ninguém previa. A conclusão, no entanto, foi justamente a que se esperava no momento em que a dupla formada por Marin e Del Nero subiu ao poder: a fritura do treinador escolhido por Teixeira e o retorno do técnico do penta, dez anos depois. Marin deverá tornar oficial a contratação de Felipão nesta quinta-feira, às 10h30, na sede da CBF, no Rio de Janeiro, menos de uma semana depois da demissão de Mano Menezes.

A queda do antigo treinador já tinha sido ensaiada por Marin em outras ocasiões: a primeira, logo depois que o cartola chegou à presidência da CBF, durante a série de amistosos preparatórios para a Olimpíada de Londres; a segunda, quando o Brasil perdeu o ouro olímpico para o México no Estádio de Wembley. Passados esses dois momentos críticos, acreditava-se que o presidente da CBF manteria Mano até a Copa das Confederações, em junho do ano que vem, por avaliar que essa seria uma última chance de convencê-lo de que a seleção seria capaz de chegar para o Mundial de 2014 com força sob seu comando. Marin, no entanto, perdeu a paciência nas últimas semanas, e se convenceu de vez sobre a demissão na noite da última quarta, na disputa da decisão do Superclássico das Américas, contra a Argentina, no Estádio La Bombonera, em Buenos Aires. A derrota para os argentinos no tempo normal - 2 a 1, com atuação muito fraca da seleção - irritou o dirigente, que foi embora antes mesmo da decisão por pênaltis e não viu o time erguer o troféu. Marin alegou que não queria perder seu voo de volta para o Brasil, mas a saída abrupta do cartola causou desconforto e desconfiança dentro da seleção. Mano Menezes e seu superior imediato, Andrés Sanchez, diretor de seleções, já notavam os primeiros sinais de uma possível troca de comando.
Reprodução
Andrés Sanches e José Maria Marin
Andrés e Marin: promessas de fidelidade
Pedra no sapato - A demissão foi selada na sexta-feira, em São Paulo, na sede da FPF, no bairro da Barra Funda, e não no escritório da CBF na Barra da Tijuca - algo sintomático do que aconteceria em seguida. Marin e Del Nero já tinham tomado a decisão. Chamaram Andrés e o comunicaram da saída de Mano, sem margem para que o diretor opinasse. Foi quando começou a série de desencontros nos discursos de Marin e Andrés, que tiveram um comportamento errático ao longo do processo. O chefe e o subordinado, que jamais entraram em sintonia, trocaram promessas de fidelidade - Marin fez um apelo pela permanência de Andrés, que respondeu garantindo que iria até 2014 no cargo. Conforme relato feito por Del Nero, o ex-presidente do Corinthians chegou a elogiar a "coragem" de Marin em demitir Mano. Na verdade, o presidente da CBF sempre desejou a saída de Andrés, mas não queria correr riscos - calculava que demitir o corintiano, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o faria perder ainda mais pontos com o governo Dilma, de quem tenta, sem grande sucesso, se aproximar desde que substituiu Teixeira. Andrés, por sua vez, se dividia entre a intenção de abandonar o barco - sem qualquer autonomia ou poder, tinha virado figura quase decorativa - e a vontade de simplesmente seguir como uma pedra no sapato de Marin.

O diretor de seleções começou a semana marcando uma entrevista coletiva para anunciar seu futuro, no início da tarde de segunda, no Rio, durante seminário que contou com a participação de Marin. A saída era dada como certa - ainda que, na noite de domingo, numa participação ao vivo num programa de TV, tivesse jurado que "não abandonaria a seleção neste momento". Na hora de fazer o anúncio, Andrés deu um passo atrás e se limitou a dizer que a "tendência" era seu afastamento. No dia seguinte, terça, novo recuo: Andrés já falava em "acertar os ponteiros" com a CBF. A demissão foi finalmente anunciada por ele na manhã de quarta, por carta, no Rio. Ao mesmo tempo, em São Paulo, no canteiro de obras do Itaquerão, projeto costurado pessoalmente por Andrés, Marin também surpreendia ao anunciar que, ao invés de esperar até janeiro, como fora informado na sexta, a contratação do novo técnico aconteceria já na manhã de quinta. O roteiro teve mais uma página inesperada antes do acerto com Felipão: a operação da Polícia Federal que apreendeu documentos e computadores e recolheu depoimento de Marco Polo Del Nero, no início da manhã de terça. Grande patrocinador do retorno de Scolari, Del Nero poderia estragar os planos de Marin. Quando ficou claro que a operação não se referia à atuação de Del Nero como cartola, o caminho ficou aberto para a confirmação

Velhos conhecidos - O último obstáculo foi, curiosamente, um assunto com o qual Mano Menezes lidou com notável jogo de cintura, sobre o qual Marin jamais teve motivo para se queixar: a mania do cartola de desfilar seu poder sobre o treinador, cobrando, por exemplo, a entrega antecipada das listas de convocados para seu conhecimento prévio e tomando a iniciativa de conversar com jogadores cotados para uma vaga (Ronaldinho Gaúcho, que há muito não é convocado, foi um deles). Felipão, que no passado já havia sinalizado positivamente às sondagens feitas por pessoas próximas à CBF, avisou que exigia autonomia total, assim como em 2002 (quando não convocou Romário apesar da forte pressão popular e, segundo consta, da vontade de Ricardo Teixeira). Marin disse que topava (ainda que, para muitos, o presidente da CBF não tenha desistido de fazer sua vontade ser ouvida). Autorizou também a formação de uma comissão técnica composta por pessoas de confiança de Felipão, que ficará à vontade para indicar seus auxiliares. Eles deverão ser velhos conhecidos, como o assistente Murtosa e o preparador de goleiros Carlos Pracidelli. Outro candidato a integrar a comissão, Milton Cruz, consultor técnico do São Paulo, era outro alvo antigo de Marin - quando falava com Cruz, o cartola, que é ligado ao clube paulista, sempre prometia que o levaria à seleção. Mas Milton Cruz não deverá entrar no time de Felipão - é cotado para assumir a direção das categorias de base da CBF, cargo que antes era ocupado por Ney Franco, hoje técnico do próprio São Paulo.
Leia também: Ao convocar dupla campeã, Marin busca calmaria até 2014Marin já prepara o anúncio do retorno de Felipão à seleçãoIsolado, Andrés Sanchez enfim decide pedir demissão na CBFNovo técnico terá 'perfil vencedor' e será brasileiro, diz MarinPara Andrés, técnico estrangeiro na seleção seria 'ridículo'Tite, Muricy ou Felipão eram as alternativas a Mano Menezes

Fonte: Veja

Lula recebe proteção para abafar revelações

Governo age no Congresso para minimizar denúncias da relação entre ex-presidente e a ex-chefe de gabinete Rosemary Noronha

PF revela que algumas ligações foram feitas pelo ex-presidente para o escritório da Presidência em São Paulo / Victor Moriyama/FolhapressConstrangido, o governo tenta minimizar - com ações principalmente no Congresso - a relação entre o ex-presidente Lula e a ex-chefe de gabinete da presidência em São Paulo, Rosemary Noronha, indiciada na Operação Porto Seguro.

Leia outras matérias do Metro Brasília

Líderes de oposição revelaram ao Metro que foram procurados por emissários de Lula na tentativa de negociar uma forma de preservá-lo das investigações. “Tentam impor uma lei do silêncio

PF revela que algumas ligações foram feitas pelo ex-presidente para o escritório da Presidência em São Paulo
Victor Moriyama/Folhapress

sobre o assunto”, revelou um líder, sob a condição do anonimato.
Os oposicionistas resistem, alertam que não vão se intimidar na tentativa de blindagem e vão insistir no pedido de depoimento assim que conseguirem reunir mais informações. “Vamos reunir o maior número de informações possíveis antes de convidá-lo para depor”, afirmou o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).

Em outra frente, o Palácio do Planalto determinou que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, atue como ‘bombeiro’ da crise, inclusive atuando para evitar o vazamento de informações por agentes da Polícia Federal insatisfeitos com a falta de negociação de reajuste salarial.

Oficialmente, a PF nega a existência de 122 conversas telefônicas entre Lula e Rose interceptadas. Admite, porém, que “algumas ligações” foram feitas pelo ex-presidente para o escritório da Presidência em São Paulo.

Fonte: BAND

Morre o jornalista Joelmir Beting

 Ele tinha mais de 55 anos de carreira e era multimídia; atuava na TV, rádio, escrevia livros e mantinha um site
                                                                              
O jornalista Joelmir Betting morreu aos 75 anos / Divulgação/BandMorreu na madrugada desta quinta-feira, dia 29, o comentarista da Band, Joelmir Beting, aos 75 anos. Ele estava internado desde o dia 22 de outubro no hospital Albert Einstein, em São Paulo, e, no domingo, sofreu um acidente vascular encefálico hemorrágico.


Veja a trajetória do jornalista

Palmeirense de coração, Joelmir atuava como comentarista de economia no Jornal da Band e na Rádio Bandeirantes. Ele também era um dos apresentadores do Canal Livre.


Perfil
Joelmir José Beting nasceu em Tambaú, interior de São Paulo, em 21 de dezembro de 1936, onde permaneceu até 1955. Neste período, chegou a trabalhar como boia-fria, aos sete anos de idade. Em 1957, Joelmir – encorajado pelo Padre Donizetti Tavares de Lima, a quem se referia como “guru espiritual e profissional” – começou a estudar sociologia na USP (Universidade de São Paulo) para “fazer carreira no jornalismo”.

O jornalista Joelmir Betting morreu aos 75 anos
No jornalismo, iniciou na editoria de esportes, ainda durante a faculdade de sociologia, em 1957. Trabalhou na cobertura de futebol nos jornais “O Esporte” e “Diário Popular” e também na rádio Panamericana, que posteriormente virou Jovem Pan.
Economia
Em 1962, sociólogo formado, trocou o jornalismo esportivo pelo econômico. Inicialmente, como redator de estudos de viabilidade econômica para projetos desenvolvidos por uma consultoria de São Paulo.

Quatro anos depois, foi convidado a lançar uma editoria de Automóveis no caderno de classificados da "Folha de S.Paulo". Em 1968, Joelmir foi “premiado”, como ele mesmo afirmava, com o cargo de editor de economia do jornal. Em 7 de janeiro de 1970, lançou sua coluna diária, que foi publicada durante anos por uma centena de jornais brasileiros, com o timbre da Agência Estado.

Em 1991, o profissional iniciou nova fase no jornal “O Estado de S.Paulo”. Em texto publicado por Joelmir em seu site, ele descreveu a coluna como o pau-da-barraca profissional. "Com ela, desbravei o economês, vulgarizei a informação econômica, fui chamado nos meios acadêmicos enciumados de ‘Chacrinha da Economia’, virei patrono e paraninfo de 157 turmas de formandos em Economia, Administração, Engenharia, Agronomia, Direito”.
Multimídia
A coluna foi mantida até 30 de janeiro de 2004. No mesmo ano que ela foi lançada, em 1970, Joelmir também começou a passar informações diárias sobre economia nas rádios Bandeirantes, CBN, Jovem Pan e Gazeta. E também na TV Bandeirantes, Gazeta, Record e Globo, a partir de 1985 até julho de 2003.

Em março de 2004 voltou para a TV Bandeirantes, onde permaneceu até hoje como comentarista econômico nas rádios
BandNews FM e Rádio Bandeirantes, e também do Jornal da Band, na TV. Também era um dos âncoras do programa de entrevistas Canal Livre.

Joelmir foi um jornalista multimídia. Escreveu os livros "Na Prática a Teoria é Outra" (1973) e "Os Juros Subversivos" (1985) e dezenas de ensaios para revistas semanais. Além disso, o jornalista foi conferencista no Brasil e no exterior. Realizava palestras em empresas, convenções, simpósios, congressos e seminários. Era onde se reencontrava, como ele dizia, com a profissão que pretendia seguir nos tempos da USP: o magistério.

Em seu site, ele se descrevia como uma pessoa que trabalhava e estudava 15 horas por dia, assim como na infância. Joelmir era casado com Lucila, desde 1963, e pai de dois filhos: Gianfranco, publicitário e webmaster, e Mauro, comentarista esportivo de jornal e televisão.


Fonte; BAND







 


Estado multa Casa da Moeda por danos ambientais

Autos de infração contra a instituição somam quase R$ 900 mil; empresa recorre e diz que já se adequou
RIO — Responsável pela produção de todas as moedas e cédulas que circulam no país, a Casa da Moeda do Brasil poderá ter que botar a mão no bolso para cobrir um prejuízo à natureza. Na quarta-feira, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) publicou em Diário Oficial três multas contra a instituição, num total de R$ 866,9 mil, por causa do lançamento de rejeitos num rio próximo ao seu parque industrial, em Santa Cruz, e pelo descumprimento dos termos do licenciamento ambiental concedido, que determina o tratamento dos resíduos.

A assessoria de imprensa da Casa da Moeda informou que já foi notificada e recorreu das multas. Segundo a instituição, “desde outubro deste ano os efluentes da empresa são lançados seguindo a legislação ambiental vigente”. Todos os produtos fabricados pela Casa da Moeda são desenvolvidos no parque industrial de Santa Cruz: lá, há três fábricas que produzem cédulas, moedas e medalhas, além da gráfica geral (passaportes, diplomas e carteiras funcionais).
Empresa alega crescimento
Ainda de acordo com a Casa da Moeda, “com o aumento no número de empregados, a modernização do parque fabril e o crescimento da produção nas fábricas, foram necessárias novas ações para tratar os efluentes, que são complexas e incluem a aquisição de um novo sistema de tratamento”. A empresa ressaltou que “esse processo já foi licitado, com contrato assinado, e previsão de conclusão das obras e operação do sistema no primeiro semestre de 2013”. Enquanto isso, a instituição contratou uma empresa em caráter emergencial para a realização do serviço de acordo com as normas ambientais vigentes.
Sobre a multa, a assessoria de imprensa do Inea confirmou que cabe recurso por parte da Casa da Moeda, através da tentativa de impugnação dos autos de infração no setor correspondente do órgão. Se for indeferida, ainda é possível recorrer ao Conselho Diretor. O prazo para impugnação é de 15 dias após o recebimento do auto de infração. Depois de julgado o recurso pelo Conselho, se decida a manutenção da multa, a instituição tem 30 dias para pagar, sob pena de ser inscrita na Dívida Ativa.
O curioso é que, apesar de ter sido multada por danos à natureza, a Casa da Moeda divulga em destaque no seu site a preocupação com o meio ambiente como um de seus pilares principais. Na página, há um texto ressaltando que, no fim de 2007, foi criado um departamento específico para a gestão ambiental e que “apesar da ampliação de sua capacidade produtiva, a empresa não se limitou a conter os impactos anteriormente conhecidos... e conseguiu reduzi-los a níveis bem inferiores, na comparação com fase anterior à modernização”.


Veja também
Fonte O Globo

Comentario: de Jorge Pellegrini
Até uma  empresa estatal polui Santa Cruz! É um absurdo!  Pobre Santa Cruz...

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Só Lula sabe por que Rosemary tinha tanto poder


Um Minuto com Augusto Nunes

Caso Rose: o espetáculo do cinismo




Só Lula sabe por que Rosy tinha tanto poder. Mas Lula, como sempre não sabe de nada.

 

 

Roberto Jefferson é condenado a mais de sete anos de prisão


Brasília – O ex-deputado federal Roberto Jefferson, atual presidente licenciado do PTB, foi condenado hoje (28) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a sete anos e 14 dias de prisão, além de multa que passa de R$ 740 mil em valores não atualizados. O político é considerado o primeiro informante sobre o esquema conhecido como mensalão, que está sendo julgado na Ação Penal 470.
Para o crime de corrupção passiva, o parlamentar recebeu pena de dois anos, oito meses e 20 dias, além de 127 dias-multa no valor de dez salários mínimos cada, vigentes à época. Já para o crime de lavagem de dinheiro, foi aplicada punição de quatro anos, três meses e 24 dias, além de 160 dias-multa de dez salários mínimos cada. Como a soma está entre quatro e oito anos, o regime inicial de cumprimento deve ser o semiaberto.

Ao apresentar o voto sobre corrupção passiva, Barbosa defendeu a faixa de punição mais grave, de dois a 12 anos de prisão, para Jefferson e os demais réus que aceitaram propina, com a pena já fixada. A maioria dos ministros está aplicando a faixa de punição mais amena, de um a oito anos de prisão, que vigorou até novembro de 2003. Para Barbosa, o entendimento “é o absurdo dos absurdos, pois entra em contradição com o que o STF vem julgando sobre corrupção passiva”.

De acordo com o relator, o crime de corrupção passiva se divide em duas etapas: solicitar vantagem indevida e receber vantagem indevida. A maioria dos ministros está aplicando a lei anterior porque entende que a simples solicitação já é criminosa. Já Barbosa acredita que o marco temporal do recebimento prepondera sobre a solicitação. No caso da Ação Penal 470, as negociações começaram em 2002 e os recebimentos ocorreram entre 2003 e 2004.

A ministra Rosa Weber indicou que poderia mudar seu voto para agravar as penas fixadas, mas o ministro Ricardo Lewandowski, revisor da ação, rejeitou nova discussão. Para ele, o assunto está esgotado porque a Corte já definiu que a simples solicitação de vantagem já basta para condenação, justificando, assim, a lei mais branda.

“Não podemos reabrir uma discussão que já foi vencida sem abrir tempo para o Ministério Público e a defesa se manifestarem, pelo princípio da confiança do jurisdicionado. É preciso dar tempo ao tempo”, disse Lewandowski.

Barbosa e Gilmar Mendes protestaram, lembrando que a Corte sempre deixou claro que pode revisitar questões já julgadas no processo. Já Celso de Mello ressaltou que as defesas podem apresentar novos memoriais. Sem acordo, os ministros deixaram para voltar ao tópico no final do julgamento.

Também houve extensa discussão sobre a possibilidade de reduzir a pena de Jefferson porque ele foi o primeiro a fazer revelações sobre o esquema do mensalão. Para o relator Joaquim Barbosa, que foi seguido pela maioria, a atenuante de um terço das penas deve ser considerada porque o político indicou nomes e permitiu que as autoridades aprofundassem as investigações. Já Lewandowski defendeu a não aplicação da atenuante alegando que Jefferson contribuiu apenas no começo, dando declarações controversas depois.

Antes do intervalo, os ministros começaram a fixar as penas de Emerson Palmieri, tesoureiro informal do PTB. Por unanimidade, a pena por corrupção passiva sugerida por Barbosa, de dois anos de prisão, ficou prescrita. Na retomada da sessão, os ministros vão analisar a pena para o crime de lavagem de dinheiro.

Confira as penas fixadas para Roberto Jefferson (ex-deputado federal):

1) Corrupção passiva: dois anos, oito meses e 20 dias de prisão + 127 dias-multa de dez salários mínimos cada

2) Lavagem de dinheiro: quatro anos, três meses e 24 dias de prisão + 160 dias-multa de dez salários mínimos cada

Fonte: Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil

CBF acelera apresentação de Felipão para evitar saia-justa em sorteio

Até a última terça-feira, a Seleção Brasileira estava sem treinador e com promessa de novo comandante em janeiro e Andrés Sanchez como diretor. Nesta quarta-feira, entretanto, tudo mudou. O ex-presidente do Corinthians deixou seu cargo na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e José Maria Marin, principal mandatário da entidade que rege o futebol brasileiro, avisou que o substituto de Mano Menezes, que é Luiz Felipe Scolari, será confirmado oficialmente na quinta.
A velocidade para o anúncio do técnico tem motivo. A cidade de São Paulo recebe nesta semana eventos relacionados à Copa das Confederações, entre eles o sorteio das chaves do torneio, e o Brasil sem treinador não teria representante. Com a apresentação marcada para quinta-feira, às 10h30, já tempo para que participe de workshop com treinadores das equipes classificadas.
Escolha de novo treinador foi admitida durante visita à Arena Corinthians
Escolha de novo treinador foi admitida durante visita à Arena Corinthians
O anúncio às pressas ainda teria feito a CBF correr para marcar a apresentação, que ocorre na sede da entidade, no Rio de Janeiro. O motivo de fazerem no Rio seria evitar uma possível chiadeira da imprensa carioca pelo fato de Scolari falar com os jornalistas em São Paulo antes, durante coletiva oficial da Copa das Confederações marcada para sexta.
Nos bastidores da visita da comitiva de inspeção há inclusive a possibilidade de que a Fifa pressionou a CBF a acelerar a escolha do treinador para que não houvesse a saia-justa de ter uma cadeira vazia em seus eventos.
Com isso, Felipão será apresentado às 10h30 de quinta-feira, no Rio de Janeiro, e seguirá a São Paulo para participar do workshop às 14h. A maratona de Scolari seguirá no final de semana, culminando no sorteio de sábado. Seu primeiro jogo será o amistoso contra a Inglaterra em fevereiro de 2013.

Fonte:  Terra ? Jornal do Brasil