quinta-feira, 7 de junho de 2012

Grupo protesta contra Rio+20

Ambientalistas e integrantes de diversos movimentos sociais participaram na tarde desta terça-feira de um protesto contra as propostas debatidas na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável. Cerca de 150 pessoas acompanharam o primeiro ato contra a Rio+20, que aconteceu na frente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), na região portuária do Rio. Os manifestantes enforcaram um boneco do secretário Estadual do Meio Ambiente, Carlos Minc.

Os participantes acusaram o secretário de liberar indiscriminadamente as licenças ambientais de empreendimentos poluidores. Segundo os manifestantes, os projetos seriam responsáveis por danos ambientais e prejuízos a moradores e trabalhadores de diversas regiões do Estado, como Santa Cruz e Itaboraí, onde estão localizados uma siderúrgica e o complexo petroquímico da Comperj. "Vim denunciar o que está acontecendo com a população em Santa Cruz, onde os peixes estão morrendo, as pessoas adoecendo e o governo continua apoiando a siderúrgica", afirmou o pescador Jaci Nascimento, de 57 anos.

Estudantes, ambientalistas, movimentos sociais de diversas regiões participaram do ato, com cartazes e faixas questionando os debates sobre economia verde propostos pela Rio+20. "O Rio é o laboratório da economia verde. Este é um ato dos impactados por esse modelo econômico, voltado para o desenvolvimento sujo, incompatível com os compromissos de proteção ao ambiente", afirmou um dos líderes do ato, o ambientalista Sérgio Ricardo de Lima. Após o protesto em frente ao Inea, os manifestantes se dirigiram para a Cinelândia, no centro do Rio, onde se encontraram com outros grupos e movimentos sociais.

Considerado uma prévia das ações da Cúpula dos Povos, evento que acontece em paralelo à Rio+20, o ato também protestou contra a falta de diálogo da ONU com os movimentos sociais. O movimento planeja uma passeata com 40 mil pessoas no dia 20 de junho. "A sociedade está segregada das discussões. Vamos fazer o debate que eles não querem fazer, mostrar que com esse modelo o planeta não se sustenta", disse o líder do movimento Rio-20, Gilvoneick Souza.

Fonte: A Tarde

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