terça-feira, 26 de abril de 2011

PRESIDENTE DA SIDERURÚGICA TKCSA ADMITE ERROS:

Há poucos dias, em debate no Globo, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que não moveria uma palha para trazer a CSA. "Dá um ganho zero para o município, pelas questões ambientais (...) Uma cidade quer ter uma marca sustentável, global, e tem um treco jogando fuligem pelo ar", disse Paes.

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OS RISCOS DO CRESCIMENTO

O posto de Saúde Catapreta, no Conjunto São Fernando, em Santa Cruz, desde o início do ano vem registrando quase sempre as mesmas queixas: distúrbios respiratórios, irritabilidade, coceiras, diarreias e conjuntivite. Os sintomas têm, para os moradores, uma explicação: agora eles fazem parte do entorno de um dos maiores empreendimentos do Estado do Rio de Janeiro nos últimos anos: a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA). Com um investimento na casa dos R$ 15 bilhões, a empresa lançou fuligem no ar por duas vezes no ano passado, o que incomodou muito seus vizinhos. Por essas e outras, já foi multada e tem sido alvo de discussões entre especialistas em sustentabilidade, que andam se fazendo uma incômoda pergunta: o estado está preparado para recebê-la?

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sábado, 2 de abril de 2011

A Thyssenkrupp no Brasil

Thyssenkrupp - 200 anos de história da indústria alemã
A industrialização na Alemanha e a ascensão econômica da Região do Ruhr estão estreitamente ligadas aos nomes Thyssen e Krupp. Em 1811 Friedrich Krupp funda a sua fábrica de aço fundido em Essen. 60 anos depois August Thyssen funda em Mühlheim an der Ruhr a sua primeira fábrica de fitas de ferro e aço gusa.
À semelhança de muitos pioneiros do seu tempo, Friedrich Krupp começa sem muita sorte nos negócios. Ajudado por apenas sete trabalhadores, produz sobretudo talheres e panelas para cozinha. Ao morrer em 1826, deixa ao filho Alfred uma empresa endividada. Alfred Krupp continua os negócios com ajuda da mãe. Graças a processos modernos de produção e algumas inovações técnicas, consegue pôr a empresa na rota do progresso. A vitória no mercado vem com a invenção de um aro de roda para rodas de trens, sem costura e resistente a rupturas. A empresa aumenta sua gama de produtos, fabricando peças para as indústrias ferroviária e naval. Em algumas décadas Alfred Krupp expande a empresa do pai, transformando-a num grupo internacional. Em 1887 a Krupp emprega 20.000 trabalhadores.
Como muitos empresários patriarcais da sua época, Krupp também está imbuído do senso de responsabilidade social diante dos seus assalariados. Constrói habitações para os trabalhadores e cria padrões de serviços sociais, exemplares na época. Assim os “kruppianos“ recebem uma ajuda na aposentadoria e um auxílio-doença. Mas o empresário não age sem interesse próprio. Por um lado, quer vincular os trabalhadores e preservar o seu conhecimento e as suas habilidades para a empresa.
Por outro,quer barrar a influência dos sindicatos e dos partidos dos trabalhadores na sua empresa. Seus assalariados recebem alguns benefícios adicionais em matéria de assistência social, mas são obrigados a conviver com as condições insalubres de trabalho nos laminadores.
Na década de 1860 Krupp começa a produzir armas. O governo alemão se torna o seu cliente mais importante e Krupp passa a ser o mais importante fornecedor de armas. Até o início da 1ª Guerra Mundial, a Krupp se transforma na terceira maior empresa alemã, posicionada logo depois dos correios e da rede ferroviária.


Arranjo com os nazistas
A tomada do poder pelos nazistas melhora a situação dos dois gigantes do aço na Região do Ruhr. Sobretudo Krupp se arranja com os novos donos do poder, entra na produção de armamentos e emprega mão-de-obra forçada nas suas umidades de produção. Dezenas de milhares de pessoas são obrigadas a trabalhar aqui em condições sub-humanas. Em 1937 Hitler nomeia Krupp para o cargo de ’comandante da economia de defesa’ [Wehrwirtschaftsführer]. Na Thyssen, o filho do fundador, Fritz Thyssen, assume os negócios. De início, ele também apóia os nazistas e se filia ao partido. Nos anos seguintes, porém, ele se distancia dos nazistas, emigrando em 1939 para a Suíça. Seu patrimônio é confiscado. Preso em 1940, Fritz Thyssen é encarcerado.
Depois da derrota em 1945, os dois empresários são acusados pelos aliados. Thyssen é condenado como “culpado em grau menor“. Devolvem-lhe a sua empresa já em 1950, mas ele falece um ano mais tarde. Como Gustav Krupp não está mais em condições de responder a um processo, seu filho é acusada pelo Tribunal Internacional de Nürnberg, que o condena a doze anos de prisão pelas suas relações estreitas com os nazistas e pela exploração de trabalhadores forçados. Já em 1951 ele é posto em liberdade e consegue reassumir a direção da sua empresa dois anos depois. No início dos anos 60 a empresa começa a pagar indenizações a antigos trabalhadores forçados. Em 1999 o grupo Thyssenkrupp, resultante da fusão das duas empresas, é uma das primeiras empresas aderentes à Fundação para a Indenização de Trabalhadores Forçados.
Depois da guerra, as duas empresas perdem parte das suas instalações de produção. Para a Thyssen, o desmonte termina em 1949 com o Acordo de Peters-berg, à semelhança de muitas empresas da Alemanha Ocidental. Três anos depois os aliados cancelam todas as restrições de produção e em 1953 a August-Thys­sen-Hütte AG é fundada novamente. Nas décadas seguintes a Thyssen amplia a sua produção mediante a aquisição de e participações em outras empresas. Ao lado de aços perfilados e aços planos, a Thyssen produz também arames laminados, aços inoxidáveis, tubos de aço e chapa. grossas. Somente no fim da década de 1960 a empresa se expande também na dimensão vertical. A fusão com o Hüttenwerk Oberhausen AG integra agora também a produção de matérias-primas nas áreas de atuação da Thyssen. A Au­gust-Thyssen-Hütte AG é então o maior produtor europeu de aço bruto, ocupando o quinto lugar no ranking mundial.
Alfred Krupp reassume a direção da sua empresa com restrições de vendas, impostas pelos aliados. Depois de algumas alienações, as empresas mineradoras e siderúrgicas remanescentes são integradas em 1960 nas “Hütten- und Bergwerke Rheinhausen AG“ Em 1965 a fusão com o “Bochumer Verein für Gussstahlfabrikation AG“ S.A. resulta no novo grupo Fried. Krupp Hüttenwerke AG. O ciclo da empresa familiar chega a termo em 1967. Depois da morte de Alfried Krupp, seu filho desiste da empresa, criando a Fundação Alfried-Krupp-von-Bohlen-und-Halbach, que passa a ser sócia única da empresa.